Pesquisadores encontraram, nos EUA, uma espécie de crocodilo-salamandra que viveu 100 milhões de anos antes dos dinossauros. De acordo com um comunicado emitido para a imprensa, o enorme crocodilo era, na verdade, um Whatcheeria de seis metros de comprimento.

Esse animal foi descoberto em uma pedreira de calcário, em Iowa, e sua presença era bem comum no início do período Carbonífero. O exemplar encontrado foi encaminhado para o Museu Field, em Chicago, onde os cientistas fizeram novas descobertas sobre espécies extintas e publicaram um artigo sobre elas.

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Whatcheeria foi um tetrápode primitivo que viveu há 340 milhões de anos. Os cientistas acreditam que esse animal era totalmente aquático, e usava seus membros para a natação. A criatura foi uma das primeiras a ter braços e pernas em vez de barbatanas.

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Com a descoberta deste espécime, os cientistas descobriram que ele atingiu seu tamanho não de forma lenta e constante, como a maioria dos répteis e anfíbios, mas sim surtos rápidos de crescimento durante sua fase jovem. Ainda não foram encontradas evidências de qual Whatcheeria parou de crescer.

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Imagem: Um fóssil de tetrápode encontrado na América do Norte. Créditos: Vladimir Wrangel/Shutterstock

Em entrevista à Newsweek, o coautor do estudo Kenneth D. Angielczyk disse que o crescimento desse tetrápode é o que o torna único. “Outros tetrápodes primitivos que foram examinados até agora, crescem mais lentamente e geralmente têm pausas periódicas de crescimento”, explicou.

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Tetrápode pode ser um ancestral dos seres humanos

Apesar de parecer com uma grande salamandra ou crocodilo, o superpredador não estava relacionado com a espécie. Ele faz parte da linhagem que eventualmente evoluiu para animais de quatro membros, como os seres humanos.

“Whatcheeria é um tetrápode inicial particularmente importante para estudar porque há muitos espécimes dele. Isso nos permite olhar para a variação nas espécies, incluindo a variação associada ao tamanho e crescimento, de maneiras que não podemos para muitas espécies de tetrápodes iniciais”, disse Angielczyk.

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A partir de tantos espécimes encontrados, os cientistas conseguem notar diferenças e semelhanças geracionais, que permitem apontar pontos evolutivos que se desenvolveram ao longo de cada nova leva de Whatcheeria, um grande avanço para a biologia evolutiva.

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