A chegada do mês de dezembro traz o início da mais esperada estação do ano (para alguns): o verão. Quase um sinônimo para praia, viagens, passeios ao ar livre e, claro, férias, o aumento das temperaturas é o responsável pela alta procura do protetor solar e produtos com FPS, como maquiagens e leave-ins, segundo levantamento da Ikesaki. 

Não por coincidência, a campanha Dezembro Laranja vem justamente nesse período reforçar o alerta contra o câncer de pele, sendo o uso do protetor solar uma das principais orientações para evitar a doença. No entanto, quando se trata de maquiagens que prometem também proteger contra os raios de sol, podemos confiar? Elas podem dispensar de alguma forma o uso do protetor solar em si, ou ajudar a usá-lo em menor quantidade? 

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Segundo Flávia Villela, médica especialista em Dermatologia e consultora da Ikesaki, a resposta é não. “Nada substitui o uso do fotoprotetor, independentemente do tipo de pele. Ele deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB. Além disso, ele não pode irritar a pele, deve ter certa resistência à água, não manchar a roupa e ter, no mínimo, FPS 30. Ou seja, são vários os quesitos aos quais é precisa se atentar na hora da escolha”, afirma.  

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Protetor solar físico e químico: qual escolher? 

A diferença entre protetores físicos e químicos está na composição e ação na pele. O protetor solar físico, também chamado de inorgânico, tem substâncias como o dióxido de titânio e o óxido de zinco — é aquele tradicional, que deixa a pele esbranquiçada e geralmente não agrada muito em estética. Já o químico costuma ser cosmeticamente mais agradável — como o presente nos cremes ou bases usadas no skincare (antes da maquiagem). 

Imagem: shutterstock/9gifts

Ambos os produtos protegem, e graças à tecnologia já existem opções que são físicas e químicas simultaneamente, mas geralmente o físico possui um potencial de proteção maior — principalmente para situações de total exposição ao sol (como na praia). Nas famílias, o desafio pode ser identificar quais produtos devem ser usados, em quais horários e com qual frequência, ou seja, escolher os protetores solares e demais produtos com FPS mais indicados para cada tipo de pele.  

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“Nem todo mundo sabe que o protetor pode ser do tipo físico ou químico. Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor”, explica a dermatologista.  

Como escolher a melhor proteção solar para a minha pele? 

Alguns fatores contribuem para evitar o envelhecimento precoce e garantir a saúde da pele. A seguir, Villela elenca alguns pontos: 

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  • É fundamental observar se a pele é oleosa ou com acne e evitar, nestes casos, produtos à base de óleo ou gel creme. Se a pele for seca ou ressecada, como em pessoas com diabetes, é preciso caprichar na hidratação antes de aplicar o protetor. A textura cremosa, neste caso, hidrata e deixa a pele mais resistente.   
  • O protetor solar em loção costuma ser mais suave e leve que os cremes, mas também mantém a pele hidratada. O produto em gel é recomendado para diferentes tipos de pele, possui uma composição de fácil absorção, é leve e deixa a pele “sequinha”. A opção em spray é de fácil aplicação, porém exige reaplicação constante por conta da fina camada de proteção. Já a apresentação em bastão é recomendada para o rosto, nariz e orelhas. 
  • O protetor deve ser reaplicado a cada duas horas, nas atividades de lazer ao ar livre. Com relação à quantidade, aproximadamente 1 colher de chá rasa no rosto e 3 colheres de chá cheias para o corpo, nas áreas expostas, uma vez pela manhã e outra vez no meio do dia.  
Imagem: shutterstock/New Africa

E quanto às maquiagens com FPS?  

Vale, sim, investir em maquiagens e outros produtos, inclusive para os cabelos, que ofereçam algum fator de proteção solar, pois trazem uma proteção. Só não vale abdicar do protetor na pele, achando que uma base com FPS, por exemplo, já dá conta do recado. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, por conta do clima tropical e ensolarado o ano todo. “Apesar de o verão ser a estação em que as pessoas mais se lembram de usar o protetor solar, ele deve utilizado mesmo em dias nublados, pois ainda assim a pele estará exposta a radiações que podem ser prejudicais”, lembra a médica.  

Além do protetor solar e o uso de produtos com FPS, apostar em roupas (com ou sem proteção UV) e acessórios como chapéus, bonés e óculos escuros também ajudam a preservar a pele da exposição exagerada ao sol. 

Também vale evitar a exposição solar nos horários de pico do sol, como das 10h às 15h. A pele deve ser observada. Em caso de pintas novas ou suspeitas, deve-se procurar o médico. Um dermatologista pode ser consultado uma vez ao ano, para um exame completo.  

Importante destacar que bebês e crianças precisam ser ainda mais protegidos do sol. Há protetores específicos para crianças e bebês a partir dos seis meses.  

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