Temos responsabilidades diárias para proteger nossa privacidade. Elas podem parecer hábitos banais, como fechar a porta de casa, lacrar envelopes e criar senhas, mas são atitudes ensinadas desde pequenos para nos protegermos. Porém, ninguém nos ensinou a estar seguro quando se trata da Internet.

Basta apenas o seu nome, número de telefone, CPF e o seu endereço que já é possível saber mais da sua vida pessoal do que você imagina. Ao acessar um aplicativo para assinar os “termos de compromisso”, por exemplo, entregamos muito mais dados do que apenas os listados acima. Coletando todos estes dados sobre os usuários, entramos em uma era que há o manuseio irresponsável de informações e pessoas mal intencionadas. 

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Pensamos que nossos problemas habituais estão em hackers, golpes de internet e senhas fracas, mas precisamos começar a pensar mais nas empresas de tecnologia. Entendendo melhor como elas funcionam conseguimos construir processos melhores, pensando na base e desenvolvendo um nível de segurança maior.

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Muitas empresas não sabem por onde e nem como começar para ter sistemas efetivos de privacidade que priorizem o consumidor. A realização de uma auditoria de privacidade pode ser um bom primeiro passo, pois vai te ajudar a identificar pontos fortes e fracos e fornecer um roteiro geral de mudanças necessárias. 

Para isso é preciso entender suas responsabilidades com dados. Toda empresa precisa ter noção de quantas e quais informações de seus clientes e usuários ela possui. Como regra geral, todo empresário deve tratar a proteção de dados de forma clara e séria. Também é importante saber quais dados você realmente precisa destas pessoas, assim evite coletar mais que o necessário para sua empresa.

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Os dados são divididos por níveis de sensibilidade. Legalmente, as informações médicas e financeiras têm que ser tratadas de formas diferentes do que o nome e a idade do indivíduo. Na prática, a melhor opção é tratar todos os dados com a mesma relevância para garantir que nada acabe vazando. 

Encontrar os sistemas de segurança adequados é essencial. Para empresas que não possuem uma ampla gestão de Tecnologia da Informação (TI), a melhor opção é terceirizar estes serviços para uma solução rápida e efetiva. Entenda se a empresa que você está contratando tem conhecimento e prioriza a privacidade de seu consumidor. 

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Torne as escolhas consensuais. Mostrar um documento explicando o que irá acontecer com os dados de seu cliente e permitindo que ele aceite isso, seja por um botão ou por uma simples assinatura, faz com que sua empresa  abrace completamente a privacidade do cliente. 

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Crédito: Thapana_Studio/Shutterstock

Agende consultorias contínuas. Auditorias de privacidades não podem ser uma atividade única, é importante que ela seja recorrente para garantir que a empresa mantenha a segurança em um alto nível.

É importante abandonar a crença de que você precisa de todos os dados de um consumidor para expandir seus negócios. Na verdade, ficamos mais eficientes concentrando os dados no uso, e não na criação de perfis de usuários. A experiência do cliente também se torna melhor, porque passa a mirar no consumidor como ele é hoje, e não em sua versão do passado.

Não tem jeito: a única maneira de construir algo com sucesso duradouro é reconhecendo o direito à privacidade de cada pessoa.

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