Conforme publicado ontem pelo Olhar Digital, o governo dos Estados Unidos confirmou que, pela primeira vez, cientistas conseguiram produzir uma reação de fusão nuclear, em que o ganho de energia foi maior que aquela dispensada para o sistema funcionar.
Esse marco histórico para a física e para a produção de fontes de energia limpa foi recebido com muito entusiasmo pela comunidade científica, já que abre uma grande possibilidade de sucesso na produção energética que não gera poluentes e ajuda na mitigação das mudanças climáticas.
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O anúncio foi feito pela secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, durante uma coletiva de imprensa. Em sua companhia estavam também os representantes da Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), um centro de pesquisa em energia nuclear do país norte-americano.
O laboratório declarou em um comunicado que “esse é um grande progresso científico em desenvolvimento que abrirá caminho para avanços na defesa nacional e para o futuro da energia limpa”. Cabe lembrar que ainda não é possível utilizar esse sistema de fusão nuclear em larga escala, mas futuramente, pode ser que ele se torne uma realidade tão acessível quanto a energia eólica e solar.
Energia limpa de fusão nuclear 24 horas por dia
A reação de fusão teria capacidade de fornecimento de energia limpa durante as 24 horas do dia, diferentemente da eólica e solar. Além disso, ela oferece menos riscos e resíduos perigosos do que a tecnologia de fissão nuclear, processo no qual o núcleo de um átomo é rompido e diversos componentes altamente radioativos são liberados. Esse último tipo de produção é liberado há décadas e produz apenas 10% da energia mundial.
Esse processo é um forte candidato à energia do futuro, pois produz menos lixo tóxico, gera menos emissões de poluentes e, por fim, materiais facilmente encontrados na natureza podem ser utilizados como propulsores do processo. Uma passo a mais em direção às medidas mais sustentáveis.
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