A Coreia do Sul testou um novo reator de fusão nuclear apelidado de “Sol artificial” que conseguiu funcionar com uma temperatura sete vezes mais quente que a superfície solar por cerca de 30 segundos. 

O Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) chegou a registrar uma temperatura de íons acima de 100 milhões de graus Celsius. A duração de 30 segundos foi limitada justamente pelo hardware.

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De acordo com a New Scientist, novas atualizações no futuro devem permitir que a temperatura seja mantida por mais tempo. O resultado do reator de fusão nuclear foi alcançado em 2020, mas só agora o estudo foi revisado por pares e publicado na revista Nature. 

Apesar desse recorde ter sido batido em 2020, nos anos seguintes outros experimentos alcançaram temperaturas maiores, incluindo o próprio KSTAR e a máquina de fusão da Academia Chinesa de Ciências que atingiu 120 milhões de graus Celsius.

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Reator de fusão nuclear mais quente que o sol

“O sucesso do KSTAR em manter o plasma de alta temperatura por 20 segundos será um importante ponto de virada na corrida para garantir as tecnologias para a longa operação de plasma de alto desempenho, um componente crítico de um reator de fusão nuclear comercial no futuro”, disse o físico nuclear Si-Woo Yoon, diretor do Centro de Pesquisa KSTAR.

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A tecnologia de fusão nuclear é considerada revolucionária pois pode abrir portas para energia limpa e eficiente. No entanto, isso também é extremamente desafiador, mas recordes como esse nos colocam mais perto desse objetivo.

Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) (Imagem: Divulgação)

“A temperatura de íons de 100 milhões de graus alcançada ao permitir o aquecimento eficiente do plasma central por uma duração tão longa demonstrou a capacidade única do dispositivo supercondutor KSTAR e será reconhecida como uma base convincente para plasmas de fusão de alto desempenho e estado estacionário”, disse a nuclear físico Young-Seok Park , da Universidade de Columbia, em 2020, na época do estudo.

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Via Science Alert

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