A Missão Artemis 1, que retornou à Terra neste final de semana, foi o primeiro voo de teste do programa que deve levar a humanidade de volta para a Lua depois de mais de meio século. E justamente neste domingo, 11 de dezembro, quando a cápsula Orion tocou as águas da Costa do México, estávamos completando 50 anos do último pouso tripulado em nosso satélite natural. Aquele foi um feito histórico, mas que deixou muita gente com saudades.

A Apollo 17 foi a sexta e última missão tripulada a pousar na Lua. Ela foi lançada a bordo de um Saturno V no dia 7 de dezembro de 1972, a partir do Kennedy Space Center, na Flórida. Foi uma missão muito bem sucedida, sem percalços e com muitos recordes alcançados. 

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O lançamento da Apollo 17 foi o primeiro de uma missão tripulada da NASA a ocorrer durante a noite. Ela foi a mais longa missão Apollo e a que mais tempo permaneceu na superfície lunar, percorrendo a maior distância e coletando a maior quantidade de amostras. A Apollo 17 também foi considerada a missão mais divertida na Lua, com astronautas caminhando e cantando como se aquela fosse a última vez em nosso satélite natural. E foi.

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Pela primeira vez, a NASA incluiu na tripulação um cientista que havia recebido treinamento de astronauta. O geólogo Harrison Schmitt é até hoje o único pesquisador a pisar na Lua. Ronald Evans foi o piloto do Módulo de Comando América e, comandando a Missão, Eugene Cernan, que já havia voado anteriormente na Apollo 10. Eugene foi o último humano a pisar em solo lunar. 

O lançamento noturno visava a chegada na Lua no melhor momento possível, com a insolação ideal para a realização dos experimentos científicos. O local escolhido para o pouso foi Taurus-Littrow, um vale cercado de montanhas nos limites do Mar da Serenidade. Com tudo correndo bem durante a viagem, no dia 11 de dezembro de 1972, o Módulo Lunar Challenger, comandado por Schmitt, pousou com perfeição em Taurus-Littrow.

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Imediatamente, Cernan e Schmitt iniciaram seus trabalhos na superfície, montando os experimentos científicos e o Jipe Lunar. Isso mesmo! A Apollo 17 levou para nosso satélite natural um Jipe. Aquela não era a primeira vez. A Apollo 15 e 16 já haviam contado com um veículo como esse, mas o Jipe da Apollo 17 também bateu um recorde: com 35,74 km percorridos, ele se tornou o veículo que percorreu a maior distância fora da Terra na época. E até hoje, ele ainda detém o recorde para veículos tripulados.

[ Jipe e Módulo Lunar da Apollo 17 na Taurus-Littrow – Créditos: NASA ]

Com a ajuda do Jipe e da experiência de Schmitt como geólogo, os astronautas puderam explorar, por mais de 22 horas, todas as características do solo daquela região da Lua. Um dos locais que havia despertado a maior curiosidade dos astronautas era a Cratera Shorty. Vista da órbita da Lua, ela parecia sinistra e diferente, com o solo alaranjado, algo que não se vê com frequência na acinzentada paisagem lunar. E as análises das amostras coletadas lá, não decepcionaram. Mostraram que a Shorty teria sido formada por erupções vulcânicas ocorridas há cerca de 3,6 bilhões de anos. 

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E para não dizer que a Missão ocorreu com 100% de sucesso, um contratempo ocorreu em solo lunar quando Eugene Cernan carregava equipamentos no Jipe, no início de suas atividades na Lua. Ele acidentalmente prendeu seu martelo sobre um dos paralamas do veículo e acabou danificando a peça. Cernan até tentou concertar o paralama com fita adesiva, mas graças à inconveniente poeira lunar, o serviço não durou muito tempo e o paralamas acabou se perdendo. 

Para resolver o problema de vez, o próprio Cernan aproveitou o período de descanso, após sua primeira atividade na superfície, para fazer o serviço de lanternagem. Utilizando fitas adesivas e um mapa de reserva que eles tinham no módulo lunar, Cernan conseguiu substituir a parte danificada do paralama. 

Após 75 horas de uma estadia tranquila e divertida em solo lunar, os Cernan e Schmitt partiram no módulo de regresso para reencontrar o módulo de serviço que estava em órbita da Lua, sob o comando de Ronald Evans. Com a viagem de volta ocorrendo sem maiores percalços, os astronautas retornaram e pousaram com sucesso no Oceano Pacífico, em 19 de dezembro de 1972.

Foi também durante essa Missão, que a tripulação à bordo do Módulo de Serviço fez uma foto icônica da Terra, que ficou conhecida como Blue Marble, por retratar nosso planeta com uma certa semelhança a uma “Bolinha de Gude Azul”. A foto foi feita ainda durante a viagem de ida, no dia 7 de dezembro, quando a nave estava a cerca de 45 mil quilômetros da Terra. 

Após 75 horas de uma estadia tranquila e divertida em solo lunar, os Cernan e Schmitt partiram no módulo de regresso para reencontrar o módulo de serviço que estava em órbita da Lua, sob o comando de Ronald Evans. Com a viagem de volta ocorrendo sem maiores percalços, os astronautas retornaram e pousaram com sucesso no Oceano Pacífico, em 19 de dezembro de 1972.

Foi também durante essa Missão, que a tripulação à bordo do Módulo de Serviço fez uma foto icônica da Terra, que ficou conhecida como Blue Marble, por retratar nosso planeta com uma certa semelhança a uma “Bolinha de Gude Azul”. A foto foi feita ainda durante a viagem de ida, no dia 7 de dezembro, quando a nave estava a cerca de 45 mil quilômetros da Terra. 

[ Serviço de “lanternagem” feito por Eugene Cernan para substituir a parte quebrada do paralama do Jipe Lunar da Apollo 17 – Créditos: NASA ]

Após 75 horas de uma estadia tranquila e divertida em solo lunar, os Cernan e Schmitt partiram no módulo de regresso para reencontrar o módulo de serviço que estava em órbita da Lua, sob o comando de Ronald Evans. Com a viagem de volta ocorrendo sem maiores percalços, os astronautas retornaram e pousaram com sucesso no Oceano Pacífico, em 19 de dezembro de 1972.

Foi também durante essa Missão, que a tripulação à bordo do Módulo de Serviço fez uma foto icônica da Terra, que ficou conhecida como Blue Marble, por retratar nosso planeta com uma certa semelhança a uma “Bolinha de Gude Azul”. A foto foi feita ainda durante a viagem de ida, no dia 7 de dezembro, quando a nave estava a cerca de 45 mil quilômetros da Terra. 

Além de ser o último voo tripulado à Lua, a Apollo 17 alcançou algumas marcas importantes. Os experimentos científicos e o material coletado por lá ajudaram os cientistas a desenvolver a tese de que nosso satélite natural se formou a partir do impacto de um grande corpo com o planeta Terra há 4,5 bilhões de anos. Uma viagem bem sucedida, com alguns tombos, é verdade, mas que encerrou com chave de ouro o Programa Apollo e deixou muita gente com saudade daquela época, a era dos voos tripulados à Lua.

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