Uma formiga de correição, que provavelmente viveu há 35 milhões de anos, foi encontrada preservada em um bloco de âmbar báltico. Trata-se do inseto mais antigo desse tipo visto até hoje. Um estudo realizado por pesquisadores do New Jersey Institute os Technology apontou que a formiga faz parte de uma espécie batizada de Dissimulodorylus perseus.

Esse fóssil revela uma linhagem de formigas de correição, que até então era desconhecida e que teria existido em toda a Europa continental. Acredita-se que a extinção dessa espécie tenha acontecido nos últimos 50 milhões de anos.

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O exemplar está há quase 100 anos nos arquivos do Museu de Zoologia Comparada da Universidade de Harvard. A cientista Christine Sosiak declarou que encontrou o inseto enquanto coletava dados para um outro projeto. “O museu abriga centenas de gavetas cheias de fósseis de insetos”, declarou Sosiak. Ela é a principal autora do estudo e logo percebeu que o inseto havia sido identificado de maneira equivocada.

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Com cerca de 3 milímetros de comprimento, o inseto viveu durante o período Eoceno, segunda época da Era Cenozoica. Nesse momento, a Europa registrava temperaturas muito mais quentes e uma atmosfera muito úmida. Com o passar dos anos, o continente passou por vários ciclos de resfriamento, que contribuíram para a eventual migração de formigas de correição.

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Imagem: Formiga de correição presa em pedaço de âmbar. Créditos: Museum of Comparative Zoology, Harvard University

Cerca de 420 espécies de formigas espalhadas no mundo

Estima-se que, hoje em dia, existam cerca de 270 espécies de formigas de correição vivendo no Hemisfério Oriental e cerca de 150 nas Américas do Norte e do Sul. Segundo a pesquisadora “com este fóssil agora resgatado da obscuridade, ganhamos um raro portal paleontológico na história desses predadores únicos”.

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