Um novo exame de ferramentas encontradas em um túmulo, localizado perto de um Stonehenge inglês, descoberto no século XIX, de aproximadamente 4 mil anos, mostrou que havia vestígios de ouro na superfície dos objetos. Além dos instrumentos, também foram encontradas duas pessoas e bens funerários, como um traje xamã, enterrados no local.
De acordo com os cientistas, “os bens funerários são mais do que representações da identidade de uma pessoa”. Enquadrar as pessoas apenas como “xamã” e “ourives”, por exemplo, não é uma forma adequada de representar esses indivíduos, uma vez que eles podem ter desenvolvido outras atividades dentro de suas respectivas comunidades na Idade do Bronze.
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Foi em 1801, que os arqueólogos encontraram esse conjunto de artefatos da Idade do Bronze, na aldeia de Upton Lovell, cerca de 16 quilômetros a oeste de Stonehenge. Os objetos estão em exibição no Museu de Wiltshire, na cidade de Devizes, na Inglaterra, foi interpretada naquela época como os bens funerários de um “xamã” ou de um homem santo.
Em entrevista à Live Science, a autora do estudo, Rachel Crelin, disse que pelo menos um deles era famoso por sua capacidade de criar ornamentos a partir de ouro e outros materiais preciosos. “Ambas as pessoas estão associadas a um kit de ferramentas que lhes permitiria fazer objetos incrivelmente finos e bonitos que exigiam muita habilidade”, complementou Crelin.
Vestígios de ouro e de outros materiais estão nas ferramentas
Esse novo estudo confirmou a presença de vestígios de ouro nas ferramentas pré-históricas e de outros materiais comuns na Idade do Bronze. A pesquisadora ressaltou que o desgaste nas ferramentas de pedra também mostra que elas foram usadas de maneiras diferentes para moldar o ouro e outros materiais, como âmbar, madeira, cobre e jato – uma forma de carvão finamente granulada e semipreciosa.
O fato desse sarcófago ter sido encontrado a poucos quilômetros de um Stonehenge, fortalece a ideia de que toda a área serviu como uma necrópole pré-histórica ao longo de milhares de anos. Crellin espera que os pesquisadores façam uma análise mais aprofundada para determinar as origens geográficas dos materiais. Segundo ela, “essa é a pergunta de um milhão de dólares”, que agora os cientistas precisam se debruçar sobre.
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