Os acidentes de mergulho durante o verão, estação que começa no Brasil na próxima quarta-feira (21), continuam a ser uma das principais causas de lesões na coluna entre jovens adultos, conforme revelou um estudo publicado recentemente pelo Ministério da Saúde. Segundo o documento, cerca de 96% dos acidentes de mergulho acontecem entre os meses de setembro a maio, e boa parte em águas rasas. 

De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), durante esta época do ano são registrados os maiores números de acidentes que podem, inclusive, levar uma pessoa a perder os movimentos de braços e pernas e até a morte por banhos e mergulhos em lugares inapropriados.  

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Para aproveitar o lazer e curtir as férias com segurança e responsabilidade, a especialista destaca haver formas de evitar surpresas desagradáveis que podem levar a tragédias aquáticas. 

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“Conhecer a profundidade do local, principalmente em lugares que possuem pedras, como rios, cachoeiras e o costão do mar é essencial. Além disso, é preciso observar se há salva-vidas por perto, caso não tenha, pedir para familiares ficarem atentos e evitar ir longe ou no fundo. Já para as piscinas, é importante observar se o motor está desligado, assim evitará problemas de sucção”, explicou. 

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Imagem: shutterstock/Jacob Lund

A médica ainda chama atenção para a ingestão de bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes de entrar na água, hábito relevante para acidentes e até mesmo a má digestão. “É simples, mas vale ressaltar que é bom evitar saltar de cabeça e ficar atento com saltos em beiradas de piscinas, trampolins. Crianças sempre devem estar supervisionadas por um adulto e não superestime sua capacidade de nadar, caso não saiba nadar, não vá para o fundo”, alertou. 

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Quais os sinais de lesão na coluna e o que fazer se ocorrer um acidente de mergulho? 

Os sinais ou sintomas de lesão na coluna após acidente de mergulho incluem dor local com eventual irradiação para os membros superiores. “Podem incluir náuseas, cefaleia, tonturas, fraqueza ou incapacidade de mover os braços, ou pernas. Pode também ocorrer formigueiro ou dormência nos membros e lesão na área abaixo da zona atingida. É frequente observar-se também sintomas como estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias, perda de controle da bexiga ou do intestino.”  

A neurocirurgiã lembrou ainda que os sinais vitais precisam ser checados, ou seja, respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência. “Caso a pessoa esteja sonolenta, ou comece a ficar mole, respondendo pouco, é importante levá-la a um serviço de urgência em hospital. Nesse momento a avaliação médica é de extrema importância, especialmente se houve pancadas na cabeça.” 

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No caso de crianças que apresentam dor de cabeça e vômitos também é importante levá-la ao médico o mais rápido possível. “No momento do acidente todos querem ajudar, mas é preciso ter muito cuidado, pois a manipulação realizada incorretamente pode piorar qualquer tipo de lesão”, finalizou. 

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