Google é processada por contratar funcionários de culto religioso

Ex-funcionário da empresa afirma que o Google não respeita as leis trabalhistas da Califórnia
Por Fernanda Lopes Soldateli, editado por Adriano Camargo 20/12/2022 20h00
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Um ex-produtor de vídeos do Google alegou em um processo que foi demitido após reclamar de funcionários de uma seita religiosa que havia de implantado dentro da unidade de negócios da empresa. Kevin Lloyd, disse que a organização religiosa Fellowship of Friends, que possui sede nas montanhas de Sierra Nevada, dominava uma grande área da empresa de tecnologia. 

No processo, o acusador alega que o líder da unidade de negócios, Peter Lubbers, é um membro antigo da organização e estava contratando muitos pessoas desta seita para trabalharem no Google Developer Studio. Além de ajudá-los com promoções, confraternizações e dar festas em nome da empresa, segundo o The New York Times.

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Em 2021, Lloyd abriu um processo contra o Google e o Advanced Systems Group, ou ASG, uma empresa de recursos humanos que fornecia serviços à empresa. Ele acusou ambas as companhias de violar os direitos trabalhistas da Califórnia os quais os protegem de discriminação.

O processo trouxe questões sobre a dependência do Google sob os funcionários contratados da Fellowship of Friends, que agora superam o número de trabalhadores em tempo integral dentro da empresa na região. 

Google

O Google afirmou que o processo foi resolvido e encerrado nesta segunda-feira (19). Também constatou que Lubbers não está mais trabalhando com eles, porém não foi divulgado o motivo de sua saída e ele também não quis dar depoimento. 

A organização Fellowship of Friends foi fundada em 1970 e se descreve como “disponível para qualquer pessoa interessada em buscar o trabalho espiritual do despertar”. Eles afirmam ter cerca de 1.500 membros em Oregon House, Califórnia, uma pequena cidade ao lado do Vale do Silício.

O Sr. Burton acreditava que as pessoas poderiam alcançar uma consciência mais elevada abraçando as artes plásticas. Ao longo das décadas, ele cultivou um estilo de vida extravagante com a ajuda de seus seguidores, que frequentemente doavam 10% de seus ganhos mensais para a organização.

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Fernanda Lopes Soldateli é redator(a) no Olhar Digital

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.