A estrela que está localizada a 250 milhões de anos luz se tornou a quinta mais próxima da Terra que é vista sendo devorada por um buraco negro. Entretanto, o que chamou atenção dos astrônomos que observaram o evento foi a forma como a estrela foi destruída. A descoberta foi publicada recentemente no Astrophysical Journal.
O momento em que um buraco negro devora uma estrela é dado o nome de: evento de ruptura de maré (ou na sigla em inglês, TDE). Quando esse eventos acontecem, uma grande quantidade de energia é liberado pelo buraco negro.
Geralmente a energia é detectada pelos nossos telescópios através da leitura de raios-x ou ultravioletas. A maioria de eventos já observados onde uma buraco-negro engole uma estrela, foi detectado um grande jato de energia sendo liberado.
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Um buraco negro sem jato de energia
Entretanto, o TDE recentemente observado por vários telescópios da NASA, que tem sido chamado de AT2021ehb, chamou a atenção dos astrônomos porque os jatos de plasma não foram observados. O AT2021ehb aconteceu em um buraco-negro com dez milhões de vezes a massa do Sol e pode ser usado para entender o que acontece com o material que é capturado pela gravidade desse objetos antes de ser totalmente absorvido.
Os astrônomos observaram apenas uma coroa acima do buraco-negro. Essa coroa geralmente é composta de plasma quente ou gás com átomos que tiveram seus elétrons arrancados. Só que um jato é lançado e o jato em direção oposta ao buraco-negro aparece junto da coroa.
A coroa levanta uma dúvida nos cientistas de onde o plasma surgiu e como ele fica quente. “Nunca vimos um evento de perturbação das marés com emissão de raios-X como este sem a presença de um jato, e isso é realmente espetacular porque significa que podemos potencialmente separar o que causa jatos e o que causa coronae” explica Yuhan Yao, principal autor do estudo, em resposta a Phys.
Assim, a descoberta pode proporcionar aos cientistas compreenderem melhor os misteriosos objetos que são os buracos negros.
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