Entre as cinco grandes extinções em massa ocorridas na Terra e conhecidas pelo homem, a mais famosa delas sem dúvida foi a que aniquilou os dinossauros. O fenômeno foi causado por um asteroide devastador que modificou para sempre o nosso planeta, mas será que isso poderia ocorrer novamente? 

Pelo menos na teoria, sim, mas a chance de qualquer um de nós presenciar isso são remotas. Os cientistas estimam que um asteroide do tipo atinge a Terra em média a cada 100 milhões de anos, o dos dinossauros foi há 65 milhões, então é plausível que outro fenômeno do tipo ocorra.

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No entanto, existem outros fatores que precisam ser considerados. Hoje, por exemplo, conseguimos detectar a aproximação de um asteroide com bastante antecedência e quanto maior for o objeto, mais fácil é a sua detecção.

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Quem explicou isso foi Aswin Sekhar, primeiro cientista profissional de meteoros da Índia e filiado ao Instituto de Mecânica Celestial da França. “Temos uma aproximação e uma ideia muito boas sobre todos os asteroides acima de um quilômetro de tamanho”, disse Sekhar ao jornal indiano Onmanorama.

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Imagem: Simulação de um asteroide colidindo com a Terra. (Crédito da imagem: SCIEPRO)

Em 2004 um asteroide potencialmente perigoso foi detectado

Foi graças a esse monitoramento que conseguimos ver o Apophis, detectado em 2004, com 350 metros de diâmetro. Na época, ele foi considerado o asteroide mais perigoso que podia atingir a Terra e ligou um alerta na comunidade científica. No entanto, análises posteriores reduziram o risco. 

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“O Apophis foi um tipo de ameaça surpreendente no sentido de que, em algum momento durante as observações iniciais, sua probabilidade de impacto na Terra chegou a 3%, o que é extremamente alto para os cálculos de impacto. Mas observações posteriores e melhores aproximações da órbita reduziram a probabilidade e agora está em um local seguro”, completou.

Quase todos os asteroides monitorados atualmente pela NASA têm menos de 1% de chance de atingir a Terra. O Apophis, por exemplo, tem 0,006% de risco de colidir com nosso planeta no ano de 2068.

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Apesar disso, os perigos não podem ser descartados. “Ainda não temos um quadro holístico completo. O que na verdade significa que ainda há muitos objetos não descobertos e alguns desses objetos podem chegar perto da Terra a qualquer momento e não sabemos se algum deles tem uma trajetória que pode colidir com a Terra”, disse Sekhar.

Pensando nisso, a NASA criou a missão DART, lançada ano passado, que teve como objetivo justamente colidir com um asteroide para testar a capacidade de defesa da Terra contra esses objetos. Até a última atualização de dados, a missão foi bem-sucedida.

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