Em escavações realizadas na Patagônia chilena, paleontólogos têm desenterrado diversos fósseis de dinossauros. Eles são os ossos desses animais que foram encontrados mais ao sul sem estar na Antártica. Entre as espécies encontradas estão os megarraptores.

Os megarraptores são dinossauros bípedes e carnívoros que provavelmente dominaram a cadeia alimentar de partes da América do Sul no período Cretáceo. Eles viveram a cerca de 70 milhões de anos atrás e chegavam até 10 metros de comprimento. Fósseis desses animais já foram encontrados na Austrália, Japão, Argentina e Brasil, e agora também no Chile.

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Segundo Marcelo Leppe, diretor do Instituto Antártico Chileno (INACH), em resposta à Reuters, encontrar fósseis de megarraptores na região explica muita coisa. “Faltava uma peça. Sabíamos que onde houvesse grandes mamíferos também haveria grandes carnívoros, mas ainda não os tínhamos encontrado.”

Outros dinossauros 

Além dos megarraptores outros fósseis também foram encontrados entre 2016 e 2020 na região do extremo sul do Vale do Rio de las Chinas, na Bacia Magallanes, no Chile. Os vestígios também incluem ossos de unenlagias. Esses animais eram parecidos com os velociraptors, mas provavelmente possuíam o corpo coberto de penas.

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No entanto, segundo Jared Amudeo, pesquisador da Universidade do Chile, os fósseis de unenlagias encontrados na patagônia chilena são muito diferentes dos que foram achados na Argentina e no Brasil. “Pode ser uma nova espécie, o que é muito provável, ou pertencer a outra família de dinossauros estreitamente relacionada”, aponta o pesquisador.

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Extinção em massa dos dinossauros

O estudo realizado pelos pesquisadores que desenterraram os fósseis de dinossauros na Patagônia chilena também tenta esclarecer como os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos atrás, desencadeado por um meteorito que caiu na península de Yucatã no México.

Leppe aponta que a queda do meteorito resultou numa drástica diminuição das temperaturas na Patagônia que durou milhares de anos juntamente com intensas ondas de frio. O clima se tornou bem diferente das altas temperaturas que eram encontradas no Cretáceo.

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No entanto, ele aponta que a grande diversidade biológica da época pode apontar que o mundo já estava em crise muito antes do meteorito.

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