Um novo pergaminho foi encontrado na necrópole de Saqqara, próximo a Cairo, no ano passado. Um estudo sobre o conteúdo do papiro revelou que ele contém textos do Livro Egípcio dos Mortos. A descoberta do pergaminho completo acontece depois de um século após um achado do tipo, segundo Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
A necrópole de Saqqara é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1979 e possui inúmeras pirâmides. Entre as construções está a pirâmide de degraus de Djoser, que tem a construção atribuída a Imhotep , chanceler do faraó Djoser que depois viria a se tornar o monstro do filme A Múmia (1999).
Vários túmulos, artefatos e múmias já foram encontrados na região, assim como sarcófagos e estátuas de vários deuses. O pergaminho foi encontrado em um dos cinco túmulos de 4000 anos encontrados em março de 2022. Eles continham cerca de 250 sarcófagos que continham múmias completas e 150 estátuas de deuses.
Os arqueólogos acreditavam que o pergaminho continha cerca de 9 metros, no entanto após restaurado descobriu-se que na verdade ele possui 16 metros. Atualmente ele está sendo traduzido do árabe.
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Livro dos Mortos
Os pergaminhos do Livro Egípcios dos Mortos contém inúmeras versões que foram escritas ao longo dos séculos, contendo feitiços que eram adaptados às necessidades da realeza e membros da alta sociedade egípcia que faleceram.
Diferente do que é retratado em A Múmia, os textos e feitiços são escritos para ajudar que os mortos façam sua jornada para o submundo. Originalmente eles eram pintados em objetos ou nas paredes, mas depois passou a ser escrito no interior dos cachos e nas mortalhas que envolviam os falecidos.
Um dos feitiços mais famosos está relacionado à “pesagem do coração”, em que o coração dos mortos era pesado junto com uma pena para descobrir se a pessoa era digna de um lugar no pós vida.
Os Livros dos Mortos possuíam de 1 a 40 metros de textos escritos em pergaminhos e atualmente 192 dos feitiços são conhecidos. Na idade média, já se tinha conhecimento sobre a existência desses textos, que foram nomeados depois da tradução de Karl Richard Lepsius em 1842.
De acordo com Mostafa Waziri, o pergaminho recentemente encontrado será apresentado na abertura do Grande Museu Egípcio no Cairo, que acontecerá ainda este ano.
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