No fim da noite do último domingo (22), um terremoto de grau 3,9 na escala Richter – considerado de grau leve – foi registrado em Canaã dos Carajás, município que fica no sudeste do estado do Pará. De acordo com informações do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), ainda que esse abalo tenha sido sem grandes proporções, não se deve descartar a possibilidade de ocorrência de novos eventos.

Um terremoto de magnitude 3,9 na escala Richter foi sentido em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, no domingo (22). Imagem: Rodrigo Pinheiro/Ag.Pará via G1

Conforme informado pelo órgão, como o terremoto aconteceu por volta das 23h35 (pelo horário de Brasília), a cidade estava tranquila, permitindo que alguns moradores conseguissem sentir o tremor.

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Segundo o geofísico Bruno de Barros Collaço, sismólogo da USP, tremores assim podem ocorrer em qualquer parte do Brasil e, na maioria dos casos, são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre.

Em entrevista ao site G1, Collaço disse que é pouco provável que tremores como esse possam causar um dano sério.

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O que é a escala Richter, que classifica os terremotos

A escala Richter é a base que define a magnitude dos terremotos, dando uma noção exata sobre o potencial dos abalos sísmicos que acontecem na litosfera – uma camada com cerca de 100 km de espessura em média, formada pela crosta e o manto terrestre (saiba mais sobre as camadas do planeta neste texto).

Conforme explicado no site Mundo Educação, do UOL, o cálculo da Escala Richter costuma estar associado à distância do hipocentro (ponto exato do tremor no subsolo) ao epicentro (ponto em que o tremor é sentido mais fortemente na superfície), além do tempo de manifestação e a sua amplitude. 

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No entanto, para casos em que os terremotos ocorrem em grandes profundidades, há outros meios de cálculo, tendo em vista que suas consequências na superfície são pequenas.

De modo geral, podemos considerar como graves os abalos sísmicos acima de 6.

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Escala Richter:

  • Magnitude menor que 2: tremores captados apenas por sismógrafos (aparelho que registra os movimentos do solo);
  • Magnitude entre 2 e 4: impacto semelhante à passagem de um veículo grande e pesado;
  • Magnitude entre 4 e 6: capacidade de quebrar vidros, provocar rachaduras nas paredes e deslocar móveis;
  • Magnitude entre 6 e 7: causa danos em edifícios e destruição de construções frágeis;
  • Magnitude entre 7 e 8: causa danos graves em edifícios e grandes rachaduras no solo;
  • Magnitude entre 8 e 9: provoca a destruição de pontes, viadutos e quase todas as construções;
  • Magnitude maior que 9: provoca a destruição total com ondulações visíveis.

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