A luz alumínica do Sol já aparece às 9h. De manhã e a tarde, é aquele bafo quente e seco. Então, por volta das 16h, o tempo começa a fechar. Por fim, logo antes do crepúsculo, a chuva despenca das nuvens escuras. Minutos depois, São Pedro fecha a torneira. E mais um dia típico de verão se passou.

Além de ser a estação mais quente do ano, o verão tem outra característica bem conhecida: as chuvas repentinas que, geralmente, caem no fim da tarde. Com o tempo, o fenômeno até ganhou um nome: chuva de verão. E o Olhar Digital te explica porque chove tanto nesta estação, o que são ilhas de calor e quais outros tipos de precipitação existem.

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Afinal, por que chove tanto no verão?

Temporal prestes a cair sobre cidade
Conforme o vapor se acumula, as nuvens escurecem e ficam pesadas (Imagem: HVL/Wikimedia Commons)

Porque o ar fica mais quente e com capacidade maior para armazenar umidade – isto é, vapor. Nesse calorão, mais água evapora da superfície terrestre. É assim que as nuvens surgem no céu.

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Conforme o vapor se acumula, as nuvens escurecem. Ficam carregadas, com aquele aspecto pesado. É literalmente isso mesmo. Quando essa carga pesa demais, se transforma em chuva na nuvem, que pode descarregá-la de uma vez (e em pouco tempo) sobre uma região.

No Brasil, as regiões onde mais chove no verão são a Sudeste, Centro-Oeste e Sul (na parte norte dela). Já no Norte, costuma chover o ano todo, enquanto no Nordeste as chuvas do tipo “modo verão” caem mais entre fevereiro e março. Nas outras partes do Sul, chove mais no inverno.

Ilhas de calor

Prédios do centro de São Paulo
Ilhas de calor são regiões da cidade onde se acumulam pavimentação, prédios e fluxo de veículos (Imagem: Felipe Lange Borges/Flickr)

Além da quentura do ar, uma anomalia térmica influencia a formação de temporais no verão: as ilhas de calor. Apesar do nome, elas passam longe de serem paradisíacas. Isso porque consistem naquelas regiões da cidade onde fica mais quente (geralmente, no centro).

Essa anomalia rola naqueles pedaços onde você precisa andar por quarteirões até achar uma sombrinha de árvore decente para se abrigar do Sol escaldante. O fenômeno acontece quando a região concentra três fatores:

  • Pavimentação (asfalto e concreto absorvem calor);
  • Prédios (impedem o refresco dos ventos);
  • Tráfego de veículos (emitem gases estufa, que esquentam ainda mais a região).

Em relação às chuvas, cria-se uma situação assim: uma quantidade grande de ar sobe, por estar muito quente (acumulado bem maior que nas outras regiões da cidade). Então, para compensar esse desequilíbrio, o nível de precipitação aumenta. Por isso caem chuvas tão violentas no centro das cidades nessa época do ano.

Tipos de chuva

Nuvem de chuva em cima de oceano
Os tipos de chuva são classificados pelo seu processo de formação (Imagem: Mauren da Silva Rodrigues/Wikimedia Commons)

Existem quatro tipos de chuva, classificadas de acordo com a sua formação. Aliás, esse processo pode variar de acordo com o período do dia (ou época do ano), relevo da região e tipos de partícula na atmosfera. Enfim, vamos aos tipos de chuva:

  • Frontal (ou ciclônica): forma-se a partir do choque entre duas massas de ar bem diferentes (uma quente e úmida, a outra fria e seca);
  • Convectiva (a de verão): uma camada de ar quente (e leve) sobe do chão até a atmosfera, onde o ar frio (mais denso) toma seu lugar;
  • Orográfica: rola quando uma serra ou montanha – isto é, barreiras naturais – barra a passagem de uma massa de ar quente e úmido, forçando-a para cima, onde condensa e se transforma em chuva;
  • Ácida: quando partículas de óxido de nitrogênio e/ou dióxido de enxofre formam nuvens, por meio de reação com gotículas de água, que despencam ácidos nítrico e sulfídrico junto à chuva.

Fontes: Brasil Escola e UOL Educação

Imagem de destaque: HVL / Wikimedia Commons

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