Conheça a bateria mais avançada do mundo

Saiba como foi produzida a nova bateria mais potente do mundo, o que a difere das outras e como ela foi feita
Fernanda Lopes Soldateli03/02/2023 17h53
Bateria do celular
Bateria do celular. Imagem: Andrew Raybalko
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Baterias de lítio com mais potência foram desenvolvidas no Instituto de Tecnologia de Illinois. O novo design tem a capacidade de armazenar um quilowatt-hora por quilo ou mais – isso é quatro vezes mais do que a tecnologia de bateria de íon-lítio, a mais popular atualmente, usada nos smartphones, por exemplo.

Esta nova tecnologia seria super importante para a eletricidade de transportes, principalmente para veículos pesados como aviões, trens e submarinos. Mohammad Asadi, professor assistente de engenharia química na instituição, pretendia fabricar baterias com eletrólito sólido, com o objetivo de oferecer segurança e energia em comparação com baterias de lítio-ar. Mas, no final acabou se deparando com novas possibilidades.

Descobrimos que esse eletrólito de estado sólido contribui com cerca de 75 por cento da densidade total de energia. Isso nos diz que há muito espaço para melhorias porque acreditamos que podemos minimizar essa espessura sem comprometer o desempenho, e isso nos permitiria alcançar um densidade de energia muito, muito alta.

Mohammad Asadi, professor do Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos

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Para formar a nova bateria foi usada uma mistura de cerâmica e polímero, os dois eletrólitos sólidos mais comuns. Assim, com a sua combinação, é possível utilizar a alta condutividade iônica da cerâmica e a alta estabilidade e conexão interfacial do polímero. 

Professor Assistente de Engenharia Química Mohammad Asadi. Crédito: Instituto de Tecnologia de Illinois

O que a nova tecnologia promete?

  • Muito mais energia acumulada num espaço muito menor
  • Muito mais segurança, com risco mínimo de explosão ou incêndio
  • Capacidade de recarga em tempos muito menores que os atuais
  • Uso muito menor de material mineral

A expectativa de Asadi, agora, é trabalhar com parceiros da indústria enquanto continua a otimizar o design da bateria.

A tecnologia é um avanço e abriu uma grande janela de possibilidades para levar essas tecnologias ao mercado.

Mohammad Asadi, professor do Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos

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Fernanda Lopes Soldateli é redator(a) no Olhar Digital