Tragédia: mais de 3 mil mortes já foram confirmadas depois do terremoto que atingiu Turquia e Síria

Número de vítimas pode aumentar, já que milhares de pessoas estão desaparecidas
Por Alisson Santos, editado por Bruno Capozzi 06/02/2023 19h11, atualizada em 06/02/2023 23h25
Vítimas do terremoto na Turquia e Síria
Vítimas do terremoto na Turquia e Síria (Imagem: Reprodução/Reuters)
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Mais de 3.600 pessoas morreram e milhares se feriram depois de um terremoto de magnitude 7,8 atingir a Turquia e o noroeste da Síria na manhã desta segunda-feira (6). O número de vítimas pode aumentar, já que muitas pessoas estão desaparecidas sob os escombros. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor foi tão forte quanto um de 1939 que vitimou mais de 30 mil pessoas na região.

Resumo

  • Mais de 3.600 mortes confirmadas (2.300 na Turquia e 1.440 na Síria)
  • Ápice de 7,8 graus de magnitude; mas dezenas de tremores secundários
  • Autoridades têm dificuldades em precisar o número de pessoas desaparecidas, mas milhares ainda não foram encontradas
  • Mais de 5.600 edifícios destruídos
  • O mais forte terremoto em 80 anos na região

Leia mais:

Região afetada pelo terremoto na Turquia e Síria

Com base no mapa fornecido pelo Serviço Geológico dos EUA, é possível localizar a região exata onde o terremoto atingiu maior intensidade, com a magnitude de 7,8. A região mais escura foi mais afetada pelo desastre, enquanto a mais clara sentiu menor intensidade.

Serviço Geológico dos EUA
Serviço Geológico dos EUA exibe região de foco do furação / Reprodução/Pablo Robles

Comunidade internacional oferece ajuda

Outros países estão trabalhando para prestar suporte. Os Emirados Árabes Unidos enviaram equipes de busca e regate para região, construíram um hospital de campanha e disponibilizaram remédios. O Qatar e países do Golfo também prometeram ajuda emergencial. A União Europeia montou equipes de resgate depois de a Turquia pedir ajuda ao bloco. A Espanha vai enviar socorristas e drones. A França, segundo o presidente Emmanuel Macron, dará ajuda emergencial aos dois países atingidos pelo terremoto. Os Estados Unidos prometeu toda a assistência necessária, segundo a Casa Branca.

Profissionais suiços se preparando para decolar em Zurique
Profissionais suíços se preparando para decolar em Zurique / Reprodução/Shutterstock

O que significa magnitude 7,8?

A escala Richter é a base que define a magnitude dos terremotos, dando uma noção exata sobre o potencial dos abalos sísmicos que acontecem na litosfera – uma camada com cerca de 100 km de espessura em média, formada pela crosta e o manto terrestre (saiba mais sobre as camadas do planeta neste texto).

O cálculo da Escala Richter costuma estar associado à distância do hipocentro (ponto exato do tremor no subsolo) ao epicentro (ponto em que o tremor é sentido mais fortemente na superfície), além do tempo de manifestação e a sua amplitude. 

No entanto, para casos em que os terremotos ocorrem em grandes profundidades, há outros meios de cálculo, tendo em vista que suas consequências na superfície são geralmente, pequenas.

De modo geral, podemos considerar como graves os abalos sísmicos acima de 6.

Escala Richter:

  • Magnitude menor que 2: tremores captados apenas por sismógrafos (aparelho que registra os movimentos do solo);
  • Magnitude entre 2 e 4: impacto semelhante à passagem de um veículo grande e pesado;
  • Magnitude entre 4 e 6: capacidade de quebrar vidros, provocar rachaduras nas paredes e deslocar móveis;
  • Magnitude entre 6 e 7: causa danos em edifícios e destruição de construções frágeis;
  • Magnitude entre 7 e 8: causa danos graves em edifícios e grandes rachaduras no solo;
  • Magnitude entre 8 e 9: provoca a destruição de pontes, viadutos e quase todas as construções;
  • Magnitude maior que 9: provoca a destruição total com ondulações visíveis.

Via: The New York Times

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.