Redes sociais não estão fazendo o suficiente para combater fake news, aponta Avaaz 

Organização ativista analisou conteúdos falsos e a forma com que cada plataforma lidou com eles
Tamires Ferreira07/02/2023 15h00
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Imagem: Vasin Lee/Shutterstock
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Para a ONG ativista Avaaz, rede de mobilização social global para diversos assuntos através da internet, as big techs responsáveis pelas atuais redes sociais não estão fazendo o suficiente no combate das fake news (notícias falsas). Segundo a organização, a falta de ações mais duras levanta dúvidas sobre a capacidade das plataformas de cumprir as novas regras de conteúdo online da União Europeia (UE). 

Para quem tem pressa: 

  • A Avaaz analisou uma amostra de 108 peças de conteúdo relacionadas a um filme americano antivacina disseminado em 2022; 
  • A pesquisa concluiu que os esforços das plataformas de mídia social, incluindo Instagram da Meta, para remover a desinformação foram insuficientes; 
  • O combate a desinformação em outros idiomas além do inglês também não foi satisfatório; 
  • Plataformas terão que apresentar relatórios sobre o que estão fazendo contra conteúdos falsos. 

Leia mais! 

Sendo assim, de acordo com informações da Reuters, o Twitter, YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok deverão apresentar, ainda nesta semana, relatórios descrevendo as medidas que tomaram para cumprir o código de conduta atualizado da UE sobre desinformação. As normas são vinculadas às regras de conteúdo online conhecidas como Lei de Serviços Digitais (DSA), que entrou em vigor em novembro do ano passado. 

“No geral, apenas 22% do conteúdo de desinformação que analisamos foi rotulado ou removido pelas seis principais plataformas”, disse a Avaaz. 

Imagem: shutterstock

Apesar dos compromissos explícitos das plataformas para melhorar seus serviços em todos os idiomas da UE, nossa pesquisa descobriu que em certos idiomas da UE — italiano, alemão, húngaro, dinamarquês, espanhol e estoniano — nenhuma plataforma tomou qualquer ação contra a violação de postagens. 

Avaaz

Tanto a Meta quanto a Alphabet, Twitter e Microsoft prometeram, no ano passado, adotar uma linha mais dura contra a desinformação. Todas se comprometerem com o código atualizado da UE. 

“Este estudo sugere que a maioria das principais plataformas não está cumprindo seus compromissos com o Código de Prática e pode infringir as futuras obrigações do DSA”, concluiu o grupo. 

Violações da DSA podem acarretar multa de até 6% do faturamento global das companhias.

Com informações da Reuters 

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.