Hubble fez imagens impressionantes de aglomerado de estrelas

A imagem é da NGC 376 e está na galáxia de Pequena Nuvem de Magalhães e é um dos objetos mais próximos da Via Láctea
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 09/02/2023 21h00
Aglomerado de estrela NGC 376 (Credito: ESA/Hubble & NASA, A. Nota, G. De Marchi)
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O Telescópio Espacial Hubble capturou recentemente uma imagem impressionante de um aglomerado de estrelas relativamente próximo da Terra. O aglomerado aberto é o  NGC 376 e está em uma galáxia anã conhecida como Pequena Nuvem de Magalhães.

  • A Pequena Nuvem de Magalhães possui cerca de apenas 7 mil anos-luz de tamanho;
  • É composta por centenas de milhões de estrelas e massa de 7 bilhões de massas solares;
  • Possui uma estrutura irregular que provavelmente foi causada por antigas interações com a Via Láctea;
  • É um dos objetos mais distantes que podem ser vistos a olho nu da Terra.

A Pequena Nuvem de Magalhães (SMC), assim como a Grande Nuvem de Magalhães estão a cerca de 200 mil anos-luz de distância da Terra, e curiosamente escapam das mãos gravitacionais da Via Láctea. Aglomerados abertos como NGC 376 na SMC são objetos científicos muito interessantes para serem estudados.

Como o SMC está tão próximo e brilhante, oferece uma oportunidade de estudar fenômenos que são difíceis de examinar em galáxias mais distantes

NASA em comunicado de 2021.

Leia mais:

Nuvens de Magalhães e a Via Láctea

As imagens do NGC 376 são impressionantes porque mesmo em regiões mais densamente povoadas de estrelas é possível distingui-las e vê-las individualmente. No entanto, é um milagre que a SMC mantenha seu material junto até hoje devido a sua proximidade com a Via Láctea.

Por bilhões de anos, as companheiras mais massivas da Via Láctea – as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães – estiveram em uma jornada tumultuada pelo espaço, orbitando umas às outras enquanto eram dilaceradas pela atração gravitacional de nossa própria galáxia

Equipe Hubble em comunicado

Os pesquisadores acreditam que esses aglomerados estão juntos até hoje por causa de um gás invisível super quente que rodeia as estrelas. Ele age como um escudo, protegendo estrelas em galáxias pequenas de terem seus materiais atraídos para objetos muito mais massivos.

Isso também permite que o Hubble observe as estrelas de forma tranquila e extremamente cintilante.

O Hubble usou dois sensores para fazer imagens incríveis do aglomerado de estrelas.  Wide Field Camera 3 (WFC3) e a Advanced Camera for Surveys (ACS). Os dados coletados por eles vão ajudar os astrônomos a entenderem como as estrelas se formam e como são seus primeiros anos. Além disso, o ACS também ajudou a comparar estrelas de diferentes massas em diferentes ambientes.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.