Liderado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, que é gerenciado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), o rover Curiosity está há mais de dez anos investigando Marte.

Recentemente, a sonda encontrou rochas onduladas em uma área inesperada do planeta, evidenciando a existência de um antigo lago no local, segundo relatou a agência espacial norte-americana em comunicado emitido na quarta-feira (8).

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“Esta é a melhor evidência de água e ondas que vimos em toda a missão”, afirmou Ashwin Vasavada, cientista do projeto Curiosity no JPL.

O rover captou imagens impressionantes de padrões ondulados na superfície das rochas causados por ondas de um lago raso que existia no local há bilhões de anos. A equipe responsável pela missão ficou surpresa ao encontrar evidências tão claras da existência de água na Cratera Gale, área de estudo do rover.

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O rover Curiosity usou a ChemCam para fotografar um local chamado Gediz Vallis Ridge, avistando pedras que se acredita terem sido lavadas em um antigo fluxo de detritos. Créditos: NASA/JPL-Caltech/LANL/CNES/CNRS/IRAP/IAS/LPG

“Nós escalamos muitos depósitos de lagos durante nossa missão, mas nunca vimos ondulações tão claramente”, disse Vasavada. “Isso foi especialmente surpreendente porque a área em que estamos provavelmente se formou em um momento em que Marte estava ficando mais seco”, acrescentou.

Atualmente, o Curiosity explora as encostas de uma montanha de cinco mil metros de altura chamada Monte Sharp. O veículo explorador também identificou detritos em um vale que foram arrastados por deslizamentos de terra úmidos nas redondezas. 

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“Esses pedaços de terra são provavelmente a evidência mais recente da presença de água que veremos. Isso nos permitirá estudar camadas mais altas no Monte Sharp que não podemos alcançar”, afirmou Vasavada.

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Segundo a NASA, o Monte Sharp fornece aos pesquisadores uma espécie de “linha do tempo” de Marte, com as camadas mais antigas na parte inferior e as mais novas no topo.

Com isso, os cientistas podem “estudar como Marte evoluiu de um planeta que era mais parecido com a Terra em seu passado antigo, com um clima mais quente e água abundante, para o deserto congelado que é hoje”.

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