Entre as centenas de contas reativadas no Twitter após o anúncio de ”anistia geral” por parte de Elon Musk em novembro do ano passado, diversos influenciadores de extrema-direita voltaram a utilizar a plataforma.

O Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH) é uma organização sem fins lucrativos focada em coibir esses discursos nas redes. A entidade afirmou que dez desses influencers reabilitaram os perfis com intuitos totalmente monetários e que o Twitter está gerando em torno de US$ 19 milhões em receita de publicidade ao grupo.

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O relatório gerado pelo CCDH indica que essa decisão de Elon Musk é uma forma de compensar as perdas financeiras nos últimos meses, mesmo diante do grande número de demissões e suspensões de serviços. O documento aponta que a receita publicitária do Twitter em dezembro foi 70% menor do que no mesmo período de 2021, com base nos dados da Standard Media Index (empresa de pesquisa publicitária).

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Nossa pesquisa mostra que há uma resposta deprimente e banal para o porquê de Elon Musk restabelecer as contas de autoproclamados nazistas, agentes de desinformação, misóginos e homofóbicos — é altamente lucrativo”.

Imran Ahmed, chefe-executivo do CCDH

Abaixo, indicamos alguns exemplos de usuários extremistas vinculados a campanhas no Twitter:

  • Um anúncio da Wendy’s apareceu ao lado de um tweet de Stew Peters, influenciador antivacina com 168 mil seguidores.
  • Um anúncio do Peacock (serviço de streaming) apareceu ao lado de um tweet de Anthime Gionet, recentemente condenado por participar do ataque ao Capitólio dos EUA, em 2021.
  • Anúncios de grandes marcas como a Amazon, Apple TV, NFL e Fiverr também apareceram ao lado de conteúdos desses influenciadores.

Os 10 influenciadores que o CCDH apontou no relatório do Twitter são: Andrew Tate, Robert Malone, Andrew Anglin, Emerald Robinson, Rogan O’Handley, Peter McCullough, Stew Peters, Anthime Gionet, Rizza Islam e Gateway Pundit. Todos esses usuários foram removidos por violações de regras antes de Elon Musk reverter a exclusão.

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Até o momento, Elon Musk não se pronunciou sobre os dados apontados no relatório.

Via: The Washington Post

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Imagem destacada: Shutterstock

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