Ele é malicioso. Se entrar no seu computador, consegue bloquear seu acesso ou criptografar arquivos. Aí, só pagando resgate para se livrar dele. Esse é o ransomware – um malware (programa malicioso) de extorsão do estilo cavalo de Troia usado por cibercriminosos.

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Os ransomwares de bloqueio e criptografia são os tipos mais populares desse malware. Ao longo dos anos, houveram diversos ataques em que cibercriminosos usaram o programa malicioso como arma. E o Olhar Digital separou 15 casos para você ficar atento aos perigos apresentados por ransomwares.

CryptoLocker

Par de cadeados em cima de um teclado de computador
O CryptoLocker ia atrás de arquivos importantes nos computadores e os criptografava (Foto: Reprodução)

Visto pela primeira vez em 2007, este ransomware se disseminou por meio de anexos de e-mail infectados, comprometendo 500 mil computadores. Ao entrar num PC, ele ia atrás de arquivos importantes e os criptografava. O desfecho deste ataque, porém, foi feliz. Autoridades e empresas de segurança conseguiram interceptar dados enviados pela rede de computadores hackeados sem que os cibercriminosos percebessem. Graças a isso, deu para criar um portal onde as vítimas conseguiam a chave para desbloquear seus dados sem precisar pagar pelo resgate.

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Shade/Troldesh

Entre os ataques de ransomwares listados aqui, este foi o mais carismático. Primeiro, os hackers infectaram computadores por meio de e-mails de spam com links ou anexos de arquivos comprometidos. Depois, se comunicaram com as vítimas também via e-mail. E deram descontos no resgate para aqueles com quem construíram uma “boa relação” durante o ataque. Um roteiro meio La Casa de Papel.

Locky

Este ransomware, usado pela primeira vez em 2016 por um grupo organizado de hackers, criptografou mais de 160 tipos de arquivos. Eles usaram e-mails falsos com anexos infectados, método chamado de phishing. O Locky mirou em tipos de arquivo usados por designers, desenvolvedores, engenheiros e testadores.

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Jigsaw

Tela de computador hackeado com foto do Jigsaw de Jogos Mortais
No ataque, aparecia uma imagem do fantoche de Jogos Mortais na tela do computador infectado (Imagem: Reprodução)

Sim, este realmente teve relação com a franquia Jogos Mortais. Isso porque, durante o ataque, que rolou em 2016, aparecia uma imagem do fantoche dos filmes na tela do computador infectado. E a cada hora que a vítima demorava para pagar o resgate, o ransomware apagava mais arquivos. Imagine o terror psicológico da situação.

Petya

Este elevou o nível de agressividade dos ataques de ransomwares. Ao invés de criptografar alguns arquivos, ele criptografava o disco rígido inteiro do computador. O ataque se espalhou por departamentos corporativos de RH (Recursos Humanos) em 2016, por meio de um aplicativo falso com um link infectado do Dropbox.

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GoldenEye

Tal qual um vilão de filme de terror numa sequência, o GoldenEye é o Petya ressuscitado. O ransomware ressurgiu em 2017 e ficou conhecido como “irmão mortal” do WannaCry. Ele atingiu mais de dois mil alvos – entre eles, bancos, produtores russos de petróleo e a usina nuclear de Chernobyl. Aliás, a equipe da usina precisou verificar manualmente o nível de radiação da área após o GoldenEye bloquear o acesso aos computadores, que usavam Windows.

WannaCry

Linhas de código em tela de computador
O WannaCry foi o maior (e mais sério) ataque de ransomware (Imagem: Reprodução)

Este ataque de ransomware afetou 230 mil computadores, espalhados por mais de 150 países, em 2017. O WannaCry foi projetado a partir de um vazamento feito pelo grupo de hackers Shadow Brokers – eles descobriram uma vulnerabilidade de segurança do Windows, criada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA). O ransomware bloqueou usuários e exigiu resgate em bitcoins. Na época, o ataque causou um prejuízo financeiro mundial de US$ 4 bilhões (quase R$ 21 bilhões, pela cotação atual).

Bad Rabbit

O usuário entrava num site (já comprometido por hackers), que pedia para ele instalar o Adobe Flash. Ao topar, tinha seu computador infectado pelo Bad Rabbit. Foi assim que esse ataque de ransomware se espalhou, em 2017. Foram ataques de execução, combinados à técnica dropper de malware.

Ryuk

Este cavalo de Troia, espalhado em agosto de 2018, desabilitava a função de recuperação do Windows. Ou seja, se a vítima não tivesse um backup externo dos dados criptografados pelo ransomware, não conseguia recuperá-los. O ataque mirou diversas organizações estadunidenses, que pagaram o resgate. Na época, os danos estimados foram de US$ 640 mil (R$ 3,3 milhões, na cotação atual).

GandCrab

Montagem com carangueijo segurando pasta de arquivo em cima de teclado de computador
O GandCrab ameaçou revelar os hábitos pornográficos das suas vítimas (Imagem: Kapersky)

Já este foi o mais inescrupuloso entre os ataques de ransomwares. Isso porque ele ameaçou revelar os hábitos pornográficos das suas vítimas, em 2018. Os cibercriminosos alegavam ter hackeado a webcam das vítimas e exigiam o resgate (aliás, o Olhar Digital tem dicas de como se proteger contra isso). E se elas não pagassem, eles publicariam as filmagens. Deste ataque, surgiu a iniciativa “No More Ransom”, em que provedores de segurança e a polícia desenvolveram uma ferramenta de decriptografia de ransomware. Isso ajudou as vítimas a recuperarem seus dados.

B0r0nt0k

Este ransomware mira em servidores Windows e Linux. Ao criptografar arquivos, ele anexa a extensão de arquivo “.rontok”. Além disso, o malware altera as configurações de inicialização, desabilita funções e apps. Como se não bastasse, o programa malicioso adiciona entradas de Registro, arquivos e programas.

Dharma Brr

O novo ransomware Dharma é mais oldschool que os demais citados nesta lista. Isso porque os hackers instalam o programa manualmente, ao invadirem serviços de desktop conectados à Internet. Logo após a ativação, o ransomware começa a criptografar os arquivos encontrados, que recebem a extensão “.id-[id].[email].brrr”.

Fair Ransomware

Notebook com códigos na tela em local escuro
Ransomware é um cavalo de Troia de extorsão (Foto: Christiaan Colen/Flickr)

Este é mais um cujo objetivo consiste em criptografar documentos e arquivos privados. Para isso, o programa malicioso usa um algoritmo. E os arquivos criptografados recebem a extensão “.FAIR RANSOMWARE”.

Mado

O malware é mais um daqueles que criptografam dados e arquivos. Após infectar um computador, vai espalhando a extensão “.mado” em tudo que encostar. Depois disso, as vítimas já não conseguem mais abrir seus arquivos. Só mediante o pagamento do resgate para os cibercriminosos.

WordPress e Wolverine

Nesses casos, as vítimas foram mais importantes que os ransomwares usados. No caso do WordPress, como o nome sugere, os cibercriminosos miram em arquivos de sites hospedados pelo WordPress. Já no Wolverine Solutions Group, um provedor de serviços de saúde, o malware criptografou vários arquivos da empresa, em setembro de 2018. Por mais que especialistas forenses tenham conseguido descriptografá-los, o ataque comprometeu muitos dados de pacientes. Entre eles: nomes, endereços e informações médicas.

Fonte: Kapersky

Imagem de destaque: Antoni Shkraba / Pexels

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