A agência americana responsável pela gestão de saúde pública, a FDA (Food and Drug Administration ou, em português, Administração de Alimentos e Medicamentos), anunciou que já não exige testes em animais para aprovação de remédios. Eles não estão proibidos, mas não são obrigatórios.

Essa decisão gera diversas discussões. Enquanto uns questionam os riscos de liberar medicações sem esses testes, ativistas da causa animal trabalham há anos para extinguir essa etapa do protocolo.

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A decisão veio após a aprovação da Lei de Modernização da FDA 2.0, aprovada no Senado dos EUA em 2022. O projeto consiste em ‘’autorizar o uso de certas alternativas aos testes em animais, incluindo ensaios baseados em células e modelos de computador […] para investigar a segurança e a eficácia de um medicamento’’.

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Até o momento, especialistas avaliam que não devem ocorrer mudanças bruscas na forma de desenvolver medicações no curto prazo.

Mais informações sobre os testes sem animais da FDA

  • Os testes em animais supostamente ajudam a revelar como as drogas se decompõem no corpo, se atingem os tecidos a que se destinam e se exercem os efeitos pretendidos nesses tecidos — com a expectativa de não causar efeitos colaterais nocivos.
  • Esses testes nunca foram declarados eficazes: mais de 90% dos medicamentos que passam nos testes iniciais em animais acabam sendo inseguros ou ineficazes em humanos.
  • Grupos de pesquisa que trabalham para desenvolver alternativas aos testes em animais buscam encontrar diferentes modelos que prevejam como uma droga se comportará no organismo humano. 

Dr. Donald Ingber, diretor-fundador do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, de Harvard, concorda com a avaliação de que a implementação dessa lei deverá ser gradual.

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Exemplo da plataforma “chip de órgão” desenvolvida no Wyss Institute e posteriormente licenciada para a Emulate, Inc. / Reprodução: Instituto Wyss de Harvard).

”Acho que vai acontecer nos próximos dois anos, um por um, drogas incluindo dados desses modelos”, disse Ingber. O laboratório desenvolve ”chips de órgãos”, pequenos dispositivos que contêm tecidos humanos vivos e fluidos que imitam o funcionamento interior de órgãos de tamanho normal. Esses chips de órgãos — que podem ser usados ​​em testes de medicações — estão sendo comercializados pela Emulate, uma empresa de biotecnologia da qual Ingber é membro do conselho.

Via: Live Science

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