Alistair Johnson é conhecido por já ter encontrado fósseis de dezenas de animais que foram catalogados como novas espécies. Em um artigo recente, pesquisadores confirmaram mais uma das descobertas do caçador de fósseis. Uma ave que viveu na Terra há cerca de 3 milhões de anos na Nova Zelândia, o petrel-gigante.

  • A nova descoberta é uma espécie de petrel-gigante, a única registrada já extinta, já que atualmente é possível encontrar parentes desse animais ainda vivos;
  • Ele possuía cerca de 1,5 metro de envergadura e bicos em forma de gancho essenciais para sua dieta baseada em carniça;
  • A nova espécie recebeu o nome de Macronectes tinae, em homenagem à parceira do caçador de fósseis que morreu há 3 anos.

Foram encontrados dois fósseis diferentes do petrel-gigante. O primeiro, foi um crânio descoberto por Alistair Johnson em 2017, enquanto ele vasculhava pelas praias de Taranaki na Ilha Norte da Nova Zelândia, próximo ao Mar da Tasmânia. O segundo achado foi um osso da asa superior feito em 2019, também encontrado por ele no mesmo local.

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Outras espécies de petréis

Atualmente, existem duas espécies de petrel-gigante, o petrel-gigante-do-sul e o petrel-gigante-do-norte. Eles podem atingir mais de um 1,8 metros de envergadura. Devido à falta de mais vestígios do novo animal descoberto, os cientistas não têm certeza, mas estimam que ela deva ser pelo menos 30 centímetros menor que seus parentes modernos.

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Mas, segundo a pesquisa publicada na revista Taxonomy, a descoberta faz sentido. As espécies vivas de petréis menores são apenas um pouco maiores que um pato, muito diferentes dos gigantes do sul e do norte. Assim, o Macronectes tinae pode ser a espécie intermediária, demonstrando que esses animais evoluíram para ficar maiores.

Além das diferenças de tamanho, os cientistas acreditam que os Macronectes tinae e seus parentes vivos atuais possuem outras diferenças. Os animais extintos tinham grandes pés palmados e pernas robustas que facilitavam a caminhada em terra. 

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Além disso, suas penas provavelmente eram mais escuras por causa das temperaturas mais quentes do Plioceno. Isso porque os pesquisadores acreditam que a cor das penas dos petréis e a temperatura do planeta possam estar relacionadas.

No entanto, os petréis extintos assim como os gigantes modernos possuíam um bico afiado e curvo para arrancar pedaços de carne de carniça. Eles provavelmente comiam de tudo e não tinham medo de se sujar, já que deviam enfiar a cabeça inteira dentro da carcaça.

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O caçador de fóssil já faz isso há mais de 15 anos e o petrel-gigante provavelmente não vai ser o último fóssil encontrado nas areias da praia de Taranaki. A área ficou conhecida como Formação Tangahoe e tem sido importante a evolução da biodiversidade de aves marinhas na Nova Zelândia.

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