A sonda Magellan foi enviada para Vênus em 1989, e até hoje seus dados fornecem material de pesquisa para os cientistas. Em um novo estudo divulgado pela NASA, pesquisadores investigaram como acontece o resfriamento do planeta e descobriram que o nosso vizinho possui uma casca “mole” que é causada por um vulcão.

Estudos realizados ainda nos anos 90 revelaram que Vênus contava com estruturas geológicas circulares chamadas coronae. A nova pesquisa observou que essas formações geralmente acontecem em regiões em que a litosfera – camada mais externa – é mais fina e ativa. E essas regiões podem ser a chave para entender o resfriamento no nosso vizinho.

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Essas estruturas são responsáveis  por expelir o calor do interior do planeta ao mesmo tempo que é responsável por intensificar as atividade vulcânicas abaixo da superfície. A geologia ativa das coronae é quem forma a superfície de Vênus, isso por causa do calor estimado, que ultrapassa a média terrestre. 

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Casca mole de Vênus

Os cientistas da NASA analisaram 65 coronas nunca estudadas anteriormente. Eles descobriram que essas estruturas se encontram mais próximas umas das outras quando a litosfera é mais flexível. Uma simulação de computador apontou como a crosta se dobrou e descobriu que nas regiões onde acontecem essas formações a casca externa de Vênus possui cerca de 11 quilômetros de espessura, muito menor do que se acreditava anteriormente.  

Embora Vênus não tenha o estilo tectônico da Terra, essas regiões de litosfera fina parecem permitir a fuga de quantidades significativas de calor, semelhantes a áreas onde se formam novas placas no fundo do mar da Terra

Suzanne Smrekar, pesquisadora envolvida no estudo, em resposta ao Extra

A atividade vulcânica do planeta impulsiona alterações geológicas, o que faz com que a superfície de Vênus seja relativamente recente. Os pesquisadores constataram isso na contagem do número de crateras de impactos de asteroides visíveis e calcularam a idade do material.

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Nos próximos anos a NASA vai lançar outra sonda ao planeta, a VERITAS. Ele vai dar continuidade ao trabalho da Magellan e fornecer dados com maior precisão e sem grandes possibilidades de erros como sua antecessora.

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