A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está passando por alterações, tendo como foco a mudança de prioridades. Agora, por exemplo, o órgão irá monitorar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar a ataques à democracia — como os ocorridos no dia 8 de janeiro.
- Grupos que espalham discurso de ódio vão ter atenção especial da inteligência;
- O mundo acadêmico também será ouvido na reformulação das novas estratégias da Abin;
- As mudanças vêm após a agência ser transferida para a Casa Civil da Presidência da República, deixando o Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Deslocamento foi oficializado pelo presidente Lula da Silva (PT), na quinta-feira (2), em um decreto publicado pelo Diário Oficial da União.
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Entre outras mudanças, a Abin também não ficará mais sob tutela militar, ou seja, deixará a essência do antigo Serviço Nacional de Informações dos militares para agora contribuir mais em políticas públicas.
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Isso significa que temas como aquecimento global, desmatamento da Amazônia, garimpo ilegal, entre outros, passam a ter espaço no órgão de inteligência, abandonando a imagem de arapongagem (espionagens legais ou ilícitas).
A Abin foi criada no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), em 1999, para ser uma agência de inteligência civil, mas acabou ficando subordinada ao GSI, antiga Casa Militar. Durante o governo de Dilma Roussef, ela tentou voltar o órgão para sua função originária com caráter civil — na época, ela foi grampeada pelo governo dos EUA e a Abin não soube explicar o que aconteceu. A agência também teve algumas falhas em outros governos.
Nesta sexta-feira (3), também foi escolhido um novo comandante para a Abin, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa. O nome do também ex-diretor-geral da Polícia Federal foi publicado no Diário Oficial da União e será analisado pelo Senado Federal.
Com informações do G1 e Folha de São Paulo
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