Os resultados da pesquisa mundial envolvendo a eficácia da nirsevimab no combate ao vírus sincicial respiratório (VSR) demonstraram 76% de proteção. O VSR é o principal causador de bronquiolite em bebês – doença respiratória consideravelmente comum (mas altamente contagiosa), com sintomas de tosse e falta de ar.

Nos testes, foram avaliados bebês de até 2 anos de idade durante o primeiro contato com o VSR. Em setembro de 2022, o nirsevimab obteve retorno positivo do Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos.

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Até então, o único tratamento disponível para os casos de VSR era através do palivizumabe – produzido pela AstraZeneca e indicado somente para quadros graves de infecções respiratórias com riscos de hospitalização. O novo nirsevimab é um anticorpo monoclonal, que atua impedindo a penetração do vírus nas células. O medicamento também é desenvolvido pela AstraZeneca, em parceria com a Sanofi.

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Nirsevimab: como foram os testes

  • A pesquisa idealizava avaliar 3 mil bebês com 35 semanas gestacionais ou mais, mas foi interrompida pela metade por causa da pandemia de Covid-19. Nesse período, os cientistas conseguiram avaliar 1.490 bebês, com índice de proteção contra hospitalização de 62,1%.
  • Depois da melhora no cenário epidemiológico, os estudos retornaram e avaliaram mais 1.522 bebês, com resultados mais promissores: 76,4% de eficácia contra infecção respiratória e 76,8% para evitar hospitalização.
  • Na terceira fase do projeto, o tratamento apresentou eficácia de 80% contra a necessidade de atendimento médico por infecção respiratória.

Os dados mundiais de 2019 apontaram 33 milhões de casos de infecção respiratória por VS e mais de 3 milhões de internações. Entre todos os registros, foram cerca de 26 mil óbitos de crianças com menos de cinco anos.

Via: Folha

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