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Há muitos anos era dito onde, como e por que razão as mulheres deveriam fazer algo. O mercado de trabalho era terreno quase inexplorado por elas. Houve um progresso importante, mas ainda estamos longe do ideal.
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- Segundo o IBGE, em 1950, apenas 13,6% das mulheres eram economicamente ativas.
- Em 2010, o índice era de 49,9%.
- Em 2021, conforme a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), 51,5% eram ativas economicamente.
A fim de equilibrar o lado profissional e o pessoal, conquistaram a possibilidade de flexibilizar horários, fazer parcerias com creches para seus filhos e o incentivo à formação de redes de apoio para mães nas empresas.
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Mulheres e a tecnologia
Mas ainda existem funções que são ocupadas majoritariamente por homens. E a tecnologia é um grande exemplo. Um estudo da Revelo, publicado em novembro de 2022, mostra que aproximadamente 87,7% dos desenvolvedores são do sexo masculino.
Por muito tempo, essa área com tanto potencial de crescimento e desenvolvimento teve uma falta de incentivo para que as mulheres ingressassem. No cenário atual, ainda há muito preconceito para que elas entrem no ramo. Porém, há uma força-tarefa daquelas que abriram caminho para muitas outras passarem.
E essa batalha em curso tem chances de tê-las como vencedoras. Neste ano, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a ONU realiza a campanha “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”. A iniciativa está alinhada ao tema da 67ª sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW): “Inovação, mudança tecnológica e educação na era digital para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas”.
A ideia é explorar o impacto da lacuna de gênero digital na ampliação das desigualdades econômicas e sociais, destacar a importância de proteger os direitos de mulheres e meninas em espaços digitais e abordar a violência baseada em gênero online facilitada por tecnologias da informação e da comunicação.
O futuro
Com essa grande aliada, é possível que as mulheres consigam conquistar mais e mais nesse setor. Ficará claro o quanto seu impacto é positivo. Afinal, além das contribuições diárias em tomadas de decisão e pluralidade de pontos de vista, a ausência das mulheres nesses espaços tem custos enormes.
De acordo com o relatório UN Women’s Gender Snapshot 2022, da ONU Mulheres, a exclusão delas do mundo digital eliminou 1 trilhão de dólares do produto interno bruto de países de baixa e média renda na última década — uma perda que crescerá para 1,5 trilhão de dólares até 2025, se não houver nenhuma mudança.
É urgente que abram espaço para as mulheres no setor de tecnologia e que elas o ocupem com a maestria que têm. Não dá mais para esperar! Só não enxerga os ganhos que essa representatividade traz quem não quer.
Imagem: Mary Long/Shutterstock
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