No início de março, a humorista Dani Calabresa disse à Justiça que foi vítima de um golpe bancário e perdeu cerca de R$ 205 mil. Os golpistas abordaram os pais de Calabresa pelo WhatsApp, se passando por ela — os três têm uma conta bancária conjunta. As informações são do colunista do UOL, Rogério Gentile.

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Como se deu o golpe

Segundo Dani Calabresa, o golpe começou em outubro de 2020.

  • Os golpistas mandaram mensagem no WhatsApp para os pais da humorista se passando por ela e dizendo que seu número de celular foi trocado.
  • Devido ao “assédio de fãs, jornalistas e perseguidores”, Calabresa já teve de mudar de número antes, e os pais não desconfiaram. A linguagem usada era “idêntica” à da filha e também não levantou suspeitas.
  • Os golpistas, então, começaram a pedir transferências para diferentes contas bancárias.
  • A família só descobriu o golpe quando se encontraram presencialmente e comentaram a mudança de número.

Depois do golpe

Depois que ficou sabendo do golpe, Dani Calabresa conseguiu cancelar transferências agendadas para o dia seguinte e evitou um prejuízo ainda maior.

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Quando em contato com as instituições bancárias, a humorista recuperou R$ 42,5 mil em uma restituição do Itaú, banco em que ela tem conta. Ela relatou o episódio à Justiça por causa de um processo aberto contra o Nubank: uma transferência de R$ 29,3 mil foi feita para uma conta falsa dela no banco.

Na queixa à Justiça, Calabresa afirma que a instituição não tomou as precauções para evitar que uma conta “fantasma ou laranja” fosse aberta no nome dela; o Nubank exige documentações básicas.

O próprio site do banco menciona que realiza a abertura de conta corrente a qualquer indivíduo, mediante singelo preenchimento dos dados pessoais (nome, RG e CPF) e o fornecimento de e-mail e fotografia do pretenso documento de identidade.

Jorge Jardim, advogado de Dani Calabresa

A humorista cobra a devolução integral do dinheiro e uma indenização de R$ 15 mil por danos morais.

Reposta do Nubank sobre o golpe

  • O Nubank ainda não apresentou sua defesa e, em nota ao colunista do UOL Rogério Gentile, afirma que não possui registro de reclamação, contato ou solicitação de Dani Calabresa.
  • Na nota, o banco argumenta que “colabora com investigações sobre atos criminosos e busca a melhor resolução para as vítimas”.
  • O comunicado ainda dá instruções de como prosseguir em casos de golpe, que inclui o contato com o banco, a realização do Boletim de Ocorrência e a denúncia em um e-mail da instituição.

O processo está em aberto e ainda não foi julgado.

Com informações de Rogério Gentile, do UOL.

Imagem: Divulgação

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