Desde 0h de quinta-feira (23), os metroviários de São Paulo entraram em greve por tempo indeterminado. A greve continua na manhã de hoje, no entanto, o sindicato já determinou o retorno imediato das operações.
Segundo as informações da Folha e da entidade, havia a expectativa de o Metrô continuar funcionando com catraca livre, ou seja, sem cobrança de tarifas.
Atualização: No início da tarde, foi anunciado que a Justiça do Trabalho vetou a liberação das catracas do Metrô de São Paulo. A determinação é de retorno imediato de 80% das operações no horário de pico e 60% em outros períodos do dia. Até o momento, as estações seguem fechadas.
O que foi divulgado até aqui
A liminar concedida a pedido do Metrô diz que em caso de descumprimento, pode ser aplicada multa de R$ 500 mil por dia ao Sindicato dos Metroviários. O desembargador Ricardo Apostólico informou na decisão que a liberação das catracas pode gerar riscos a segurança dos passageiros e provocar “colapso” do sistema.
A eventual liberação das catracas poderia submeter o sistema ao recebimento de usuários acima do regular, diante de evidente migração de passageiros de outros meios de transporte, causando colapso e pondo em risco a segurança dos trabalhadores e dos próprios usuários, além de danos aos equipamentos e estrutura das estações
Relembre o caso
- A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Ribeiro Lisboa, havia dito mais cedo que o Metrô “enviou uma carta aceitando a liberação da catraca” com a condição de que 100% da operação fosse retomada.
- Só faltava a informação de quanto tempo levaria até todos voltarem aos seus postos de trabalho.
- Por ora, ainda não há previsão para a reabertura das estações.
- Mesmo que volte a operar, é esperado que a mobilidade dos passageiros continua comprometida ao longo do dia.
- Os metroviários devem voltar gradualmente as operações nas linhas 1-azul; 2-verde; 3-vermelha e 15-prata.
- As linhas afetadas atendem a 90% dos 2,8 milhões de passageiros que usam diariamente o Metrô de São Paulo.

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O que levou à greve?
- A votação favorável à greve aconteceu após uma reunião entre o Sindicato dos Metroviários e a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
- Nesta reunião, representantes da empresa informaram não ter autorização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pagar o abono pedido pela categoria, segundo relatos sindicalistas.
- O TRT da 2ª Região (TRT-2) sugeriu que o sindicato e a Companhia estabelecessem uma “cláusula de paz” para suspender a greve, mas isso não aconteceu.
- Além disso, a Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio municipal de veículos estará suspenso na quinta-feira, por conta da greve.
Reivindicações
O sindicato reivindica o abono para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022. A negociação começou em 11 de janeiro e se estendeu por cinco encontros. A categoria escolheu esperar pela conciliação, até a noite desta quarta.
Em assembleia, 51,83% dos profissionais votantes apoiaram a greve, enquanto 45,21% não apoiou e 2,96% se absteve.
Imagem principal: André Fogaça/Olhar Digital
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