A vacina bivalente contra covid-19 é confiável, sim. Isso porque agências reguladoras no Brasil e mundo a fora analisaram e aprovaram as doses bivalentes. Ou seja, comprovaram tanto sua segurança quanto eficácia como reforço de vacina contra Covid.

Entre essas agências, estão: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), FDA (sigla em inglês para Food and Drug Administration) e OMS (Organização Mundial da Saúde). Além disso, o Olhar Digital esclareceu as principais dúvidas sobre o assunto com Sidnei Bertholdi, médico infectologista.

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Confiabilidade da vacina bivalente

Enfermeiro carregando dose da vacina bivalente contra Covid numa agulha de injeção
Vacinas contra Covid-19 são bastantes seguras e já foram testadas extensivamente (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Antes de mais nada, você precisa entender o que é essa vacina bivalente contra Covid. Ela tem esse nome porque protege contra o vírus original mais duas linhagens da variante ômicron, conforme explicou o infectologista. “As vacinas disponíveis reduzem substancialmente o risco de doença por Covid-19, especialmente doença grave e óbitos”, acrescentou.

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Bertholdi também ressaltou que as vacinas contra Covid-19 são bastantes seguras e já foram testadas extensivamente.

Os baixíssimos riscos de efeitos adversos graves não superam o benefício de usá-la. Para o não-vacinado, é bem mais provável adoecer de Covid e ter complicações do que se vacinar e ter complicações por conta da vacina.

Sidnei Bertholdi, médico infectologista, em entrevista ao Olhar Digital

Efetividade

Pessoa recebendo dose da vacina bivalente contra Covid-19
Tomar a vacina bivalente contra Covid te ajuda a se proteger contra diversas variantes do coronavírus (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Sobre a efetividade da vacina bivalente, o infectologista citou dois estudos. No primeiro, realizado com mais de 250 mil pessoas com Covid nos EUA, pesquisadores constataram eficácia de 28% (entre vacinados há dois ou três meses) a 56% (entre vacinados há mais de oito meses) contra hospitalização por Covid. No segundo, feito com idosos vacinados há dois meses, a eficácia ficou em 73%.

Por mais que existam variantes além das “cobertas” pela vacina bivalente, tomar o imunizante te ajuda a se proteger, pelo menos parcialmente, contra elas, segundo o infectologista. “Populações altamente vacinadas [contra Covid] estiveram mais protegidas, com redução consistente de hospitalizações e óbitos, permitindo, inclusive, o retorno ao que chamamos de normal”, acrescentou o médico.

Reações

Doses da vacina bivalente da Pfizer contra Covid
Entre efeitos mais comuns da vacina bivalente da Pfizer estão febre, calafrios e dores no corpo (Imagem: Divulgação/Pfizer)

Os efeitos mais comuns da vacina bivalente da Pfizer, reportados por quem já a tomou, são:

  • Dor no local da injeção;
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo (mialgia);
  • Fadiga;
  • Febre;
  • Calafrios.

Em suma, são os mesmos efeitos sentidos por quem tomou reforços das vacinas monovalentes (desenvolvidas para proteger contra uma variante do coronavírus). Aliás, esses sintomas são considerados leves e passam em até 24 horas após a aplicação.

Por outro lado, entre os efeitos colaterais menos comuns da vacina bivalente da Pfizer – esses considerados de moderados a severos – estão:

  • Miocardite (inflamação do miocárdio);
  • Pericardite (inflamação do pericárdio);
  • Dores no peito;
  • Falta de ar;
  • Arritmia.

Porém, esses efeitos são considerados extremamente raros. Para você ter uma ideia, entre 22 milhões de vacinados com a bivalente nos EUA, por exemplo, cinco tiveram miocardite e quatro tiveram pericardite. Ou seja, esses casos representam 0,0000025% do total.

Imagem de destaque: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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