Um dos problemas do programa espacial da China nesses últimos anos tem sido o lixo espacial. Os restos de foguetes do país fazem reentradas descontroladas na Terra em zonas que não podem ser previstas, o que pode causar problemas caso áreas habitadas ou florestas sejam atingidas. No entanto, o país está finalizando os testes de paraquedas para controlar a aterrissagem desses detritos.

Durante a Guerra Fria, as três primeiras bases de lançamento da China foram construídas no interior do país por questões de segurança. Mas, ao lançar foguetes, os propulsores caem assim que seu combustível acaba e eles são liberados.

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Por serem lançados longe de áreas costeiras, os primeiros estágios acabam caindo em terra, o que aumenta os riscos de ferimentos e danos nos locais de lançamento. Isso eleva os custos, porque é necessário evacuar as áreas de risco. Um exemplo são os lançamento dos foguetes Long March 3B feitos a partir de Xichang, que tem causado inúmeros problemas e incidentes com detritos nos últimos anos.

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Queda de foguetes não será mais problema para a China

O problema envolvendo os propulsores de foguete tem se tornado um grande problema desde que a China intensificou seus lançamentos nos últimos anos. Agora, a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), tem finalizado os testes de paraquedas e subsistemas para que a queda desses foguetes seja mais precisa.

Além de reduzir riscos, os paraquedas serão usados para recuperar propulsores loterias acoplados ao foguete Long March 3B, 3C e 2F da China. A Corporação também vai tentar resgatar carenagens que são utilizadas para proteger a carga útil durante a viagem pela atmosfera.

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No processo de queda do propulsor, abrimos o paraquedas e usamos seu desempenho de controle de deslizamento para reduzir a área de pouso original de 30 a 90 quilômetros para uma área relativamente menor, de modo que o propulsor caia em um local designado. Também transformamos a área de pouso em uma cama de pouso adicionando amortecimento, tornando-o macio como um colchão. Como resultado, o booster será totalmente reciclável sem nenhum dano.

Teng Haishan, vice-engenheiro-chefe do Instituto N° 508 da CASC, em resposta a Space.com

De 2013 para 2022, a China aumentou de 13 para 64 lançamentos anuais. Segundo Haishan, o reaproveitamento das peças desses foguetes resultaria na economia de cerca de 249 milhões de dólares anualmente.

Além dos paraquedas, para reduzir os riscos de incidentes com a queda de detritos de foguetes, a China também estabeleceu na última década uma base de lançamento em Wenchang, uma área costeira. O espaçoporto permite que o país lance foguetes maiores e mais novos sem muitos riscos.

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