A OpenAI, dona do ChatGPT, se comprometeu em ser mais transparente sobre a maneira como lida com os dados dos usuários da Itália, onde foi bloqueada recentemente devido preocupações da Autoridade de Proteção de Dados do país.
Resumo:
- A informação, divulgada pela Reuters, foi confirmada pela agência da Itália, chamada também de Garante Privacy, que teve uma videoconferência na noite de quarta-feira (5) com a OpenAI;
- O CEO da OpenAI, Sam Altman, estava entre os participantes;
- A empresa de IA aceitou as exigências do país, como ser mais criteriosa ao verificar a idade dos usuários, mas irá apresentar uma proposta mais detalhada nesta quinta-feira (6);
- A Garante ainda irá avaliar a documentação antes de liberar o ChatGPT na Itália.
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A Autoridade de Proteção de Dados da Itália bloqueou provisoriamente o ChatGPT na semana passada sob acusação de que a ferramenta não tem uma justificativa legal para o recolhimento e armazenamento de dados pessoais. Outro ponto preocupante para o país é que a empresa não verifica a idade dos usuários — para eles, o ChatGPT deveria ser reservado apenas para maiores de 13 anos.
Durante a recente reunião para discutir o tema, a agência pontuou que não tem intenção de frear o desenvolvimento da IA — já que este tem sido o assunto no mundo da inteligência artificial após a chegada do chatbot — mas reiterou a importância de respeitar as regras destinadas a proteger os dados pessoais dos cidadãos italianos e europeus.
Essa não é, no entanto, a primeira vez que a Itália se atenta a coleta de dados por aplicativos de IA. Em fevereiro, a Garante também proibiu a empresa de chatbot de IA Replika de usar os dados pessoais de usuários italianos, citando riscos para menores.
Proibição do ChatGPT na Itália alertou outros reguladores
A ação da Itália contra a OpenAI acabou despertando o interesse de outros reguladores de privacidade na Europa, que também estão estudando se são necessárias medidas mais duras para controlar os chatbots.
A Alemanha, por exemplo, está avaliando uma possível proibição no país. As autoridades alemãs pediram à Itália mais informações e detalhes do motivo do banimento temporário. Agências de privacidade da França e Irlanda também entraram em contato com o regulador de dados italiano para discutir as descobertas.
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