No início de 2022, os Estados Unidos assumiu o compromisso de não realizar testes anti-satélites (ASAT) destrutivos e que possam gerar detritos espaciais. De lá para cá vários países também passaram a levantar essa bandeira, três apenas esse ano.

Depois de assumir o compromisso em abril do ano passado, em setembro os EUA levaram o assunto para a Assembleia Geral das Nações Unidas, convocando outros países a fazerem o mesmo. 

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Em dezembro a maioria dos países aprovaram a resolução em dezembro e nove outras nações assinaram o compromisso: Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Suíça e Reino Unido.

Agora, de acordo com o Space Police Online, os Países Baixos assinaram em 27 de fevereiro, Áustria em 3 de março e a Itália em 6 de abril. 

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Os ASAT consistem em lançar mísseis a partir da Terra, seja ele por embarcações ou aeronaves, para destruir satélites que não estão em operação, gerando grande quantidade de detritos espaciais.

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Detritos espacias

A medida de pôr fim a esse tipo de teste aconteceu depois que a Rússia, em novembro de 2021, destruiu um antigo satélite da União Soviética, o Cosmos 1408, gerando uma enorme nuvem de fragmentos em órbita que forçou a Estação Espacial Internacional (ISS) a realizar manobras a fim de evitar a colisão. 

Na época, a atitude foi duramente criticada pela comunidade espacial.

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Estou indignado com esta ação irresponsável e desestabilizadora. Com sua longa e histórica história em voos espaciais tripulados, é impensável que a Rússia coloque em perigo não apenas os astronautas americanos e parceiros internacionais na ISS, mas também seus próprios cosmonautas

Bill Nelson, administrador da NASA, em comunicado

Nelson ainda apontou que a ação foi imprudente e perigosa, é que evitar produzir detritos espaciais propositalmente e promover um ambiente espacial seguro e sustentável deveria ser um compromisso de todos os países.

De acordo com a Secure World Foundation, os testes ASAT, ao longo dos anos, geraram quase 7 mil detritos espaciais detectáveis, na qual cerca de metade deles ainda encontra-se em órbita. No entanto, existem muito mais, já que os fragmentos que podem ser avistados da Terra precisam possuir mais de 10 centímetros.

Com os Países Baixos, Áustria e Itália, totaliza-se 13 países que aderiram ao compromisso, mas Rússia e China, duas grandes potências espaciais, continuam de fora.

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