Um artigo publicado este mês na revista Earth and Space Science descreve a descoberta de 19 mil vulcões submarinos até então desconhecidos na Terra. O trabalho foi desenvolvido por uma equipe de oceanógrafos do Instituto Scripps de Oceanografia, um dos maiores e mais antigos centros de pesquisa de ciência oceânica do mundo, pertencente à Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA.

No artigo, o grupo relata como dados de satélite de radar foram usados na medição do acúmulo de água do mar para encontrar e mapear vulcões submarinos.

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A equipe explica que o fundo do oceano apresenta uma grande variedade topográfica. E, como acontece na terra seca, as características que realmente se destacam são as montanhas – que, no oceano, são chamadas de montes submarinos, normalmente criados pelo movimento das placas tectônicas ou por erupções vulcânicas

Medições de satélite de radar apontando dois dos milhares de novos montes submarinos catalogados pelos pesquisadores. Crédito: Earth and Space Science

Atualmente, apenas um quarto do fundo do mar foi mapeado, o que significa que ninguém sabe quantos montes subaquáticos existem nem onde eles podem estar. Isso pode oferecer risco para os submarinos, que podem colidir com essas formações geológicas. 

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Outro problema em não saber onde os montes estão localizados no fundo do mar é que esses desconhecimento impede que os oceanógrafos criem modelos que retratam o fluxo de água dos oceanos.

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Segundo os autores do estudo, os satélites de radar não conseguem “enxergar” de fato os montes submarinos. Em vez disso, eles medem a altitude da superfície do mar, que muda devido a alterações na atração gravitacional relacionada à topografia do fundo. Foi dessa forma que eles conseguiram encontrar os milhares de novos montes submarinos anteriormente desconhecidos.

O mapeamento do fundo do oceano pode ajudar nos esforços de mineração marinha, já que vulcões submarinos abrigam grandes quantidades de minerais raros. Outra vantagem em se conhecer mais detalhadamente a topografia das profundezas oceânicas é que, dessa forma, os geólogos podem examinar melhor as placas tectônicas e o campo geomagnético do planeta. 

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Além disso, conforme destaca o site Phys, alguns montes submarinos servem de habitat para uma ampla gama de vida marinha, o que significa que também podemos descobrir novas criaturas abissais.

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