Uma equipe de pesquisadores formada por arqueólogos e cientistas veterinários descobriram evidências de que os antigos romanos foram os primeiros a criarem cachorros de focinho achatado, como buldogue, pug, boxer e chow chow.

A descoberta foi publicada no Journal of Archaeological Science: Reports e se baseia em restos de um cachorro encontrado em uma tumba na antiga cidade de Tralleis, hoje parte da Turquia, que data de cerca de 2 mil anos atrás.

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Os vestígios são um crânio que foi encontrado em 2007 que só veio a ser estudado a partir de 2021. Isso aconteceu porque ele foi considerado muito delicado para as pesquisas da época e foi guardado em um armazenamento seguro, para só no ano retrasado despertar a curiosidade dos pesquisadores novamente.

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Cachorros romanos

Mesmo sem uma ossada completa, os cientistas conseguiram definir que o cachorro era bem tratado. Muitos outros vestígios de cães que datam da mesma época já foram encontrados, mas por serem animais de trabalho, não eram bem alimentados.

Logo de cara, os pesquisadores conseguiram definir que o animal era de uma raça braquicefálica, grupo de cães do focinho achatado e as análises revelaram que ele se parecia principalmente com um buldogue francês e um pequinês.

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Essa é a primeira descoberta de um cão romano na Ásia Menor e a segunda de uma raça braquicefálica encontrada em territórios que pertenceram ao império. Além disso, é o registro mais antigo de um cachorro de focinho achatado já encontrado em qualquer lugar do mundo, o que sugere que foram os romanos os primeiros a criar a raça.

A análise revelou que o animal era menor do que se esperava e que ele mal chegou à idade adulta. Por ter sido encontrado enterrado perto de um humano, os pesquisadores acreditam que ele era seu dono e que o animal foi morto após a morte de seu tutor, para que fossem sepultados juntos.

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