Quanto ganha o CEO do Google?

Sundar Pichai, CEO da Alphabet, ganhou, em 2022, cerca de 800 vezes mais que o salário médio de um funcionário da empresa
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 24/04/2023 17h00
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(Imagem: Reprodução/ Google - YouTube)
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O Google divulgou que seu CEO, Sundar Pichai, da Alphabet, recebeu US$226 milhões de remuneração em 2022. Essa bolada equivale a mais de R$ 1,1 bilhão. Ou seja, é como se o executivo tivesse acertado quatro ou cinco sorteios da Mega da Virada. Mas, não podemos ser injustos. O salário dele não é tão alto assim:

  • Ele recebeu cerca de US$218 milhões por prêmios em ações. Essa premiação é recebida pelo CEO a cada três anos. 
  • Em 2019, última vez que ele recebeu a premiação, o valor foi ainda maior: cerca de US$280 milhões.
  • Seu salário anual foi de US$2 milhões. A Alphabet também gastou quase US$6 milhões na segurança pessoal do CEO.

De acordo com os documentos do Google, Pichai ganha cerca de 800 vezes o salário médio de um funcionário da companhia.

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Outros executivos da Alphabet e Google ganharam entre US$22 milhões a US$35 milhões em prêmios anuais. A remuneração dos funcionários acontece no momento em que o Google vem tomando medidas drásticas para reduzir custos operacionais.

No começo do ano, a gigante das buscas anunciou a demissão em massa de 12 mil funcionários.

Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para igualar e alimentar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje.

Sundar Pichai, ao anunciar os desligamentos

Pouco tempo após a demissão, o Google anunciou que alguns dos principais executivos da empresa teriam seu bônus anual reduzido.

“Quanto mais sênior você é, mais sua remuneração está ligada ao desempenho. Você pode reduzir suas doações de capital se o desempenho não for bom”, afirmou Pichai.

Também visando reduzir custos, a empresa anunciou em fevereiro que adotaria um esquema rotativo de mesas de trabalho, em que os funcionários deveriam alternar os dias que iam ao escritório. Executivos estimaram que a medida resultaria em uma economia de cerca de US$500 milhões.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.