Hubble faz 33 anos e revela berçário de estrelas em imagem impressionante

Durante seu tempo no espaço o Hubble já fez milhões de observações de alvos diferentes
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 28/04/2023 08h36, atualizada em 28/04/2023 21h17
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Para comemorar o 33º aniversário, o Telescópio Espacial Hubble fez uma imagem impressionante de uma região do espaço que é um berçário de estrelas: a nuvem molecular Perseus, uma nebulosa de reflexão também conhecida como NGC 1333 e que está a apenas 960 anos-luz de distância.

  • O Hubble foi lançado na órbita da Terra no dia 25 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery;
  • Durante esse período, o telescópio fez cerca de 1,6 milhões de observações de mais de 52 mil objetos;
  • A NGC 1333 é uma nuvem espessa de poeira, hidrogênio molecular frio e outros gases, elementos essenciais para a formação de estrelas e planetas, e o Hubble conseguiu observar tudo isso.
Nebulosa NGC 1333 (Credito: NASA, ESA, STScI)

A visão colorida do Hubble, mostrando sua capacidade única de obter imagens em luz do ultravioleta ao infravermelho próximo, revela um caldeirão efervescente de gases brilhantes e poeira negra agitada e soprada por várias centenas de estrelas recém-formadas embutidas na nuvem escura.

Agência Espacial Europeia (ESA), em comunicado

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Imagem impressionante do Hubble

Mesmo que a imagem seja impressionante, ela é só um pouquinho do que a nebulosa é realmente, boa parte das estrelas bebês presentes na NGC 133 está sob a nuvem espessa e escura e pode ser observada na parte inferior da foto.

Na imagem do Hubble, também é possível ver ventos solares “limpando” a poeira de parte da nebulosa e que provavelmente se originam da estrela azul no topo. Outro brilho vermelho forte pode ser visto através das nuvens. Essa cor é característica de estrelas jovens que ionizam o hidrogênio e liberam jatos de plasma à medida que estão crescendo. A poeira fina da nebulosa filtra a luz, permitindo que a luz vermelha brilhe mais forte, ao mesmo tempo que espalha a azul.

Esta visão oferece um exemplo da época em que nosso próprio sol e planetas se formaram dentro de uma nuvem molecular tão empoeirada, 4,6 bilhões de anos atrás. Nosso sol não se formou isoladamente, mas em vez disso foi incorporado dentro de um mosh pit de nascimento estelar frenético, talvez ainda mais enérgico e massivo do que NGC 1333.

Agência Espacial Europeia (ESA), em comunicado

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.