Em mais um esforço para tentar apaziguar as desconfianças da reguladora antitruste do Reino Unido, Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), a Microsoft assinou um contrato de 10 anos com a Nware para licenciar para a plataforma espanhola de jogos em nuvem títulos do Xbox e da Activision Blizzard. 

O que aconteceu? 

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  • O acordo ocorre após a CMA barrar a compra da Activision pela Microsoft; 
  • A fusão foi bloqueada devido à reguladora acreditar que o acordo pode gerar um monopólio e prejudicar o mercado de jogos na nuvem;  
  • A CMA apontou que a Microsoft já controla de 60% a 70% de fatia de participação no segmento e adicionar controle sobre títulos populares, como Call of Duty, daria uma vantagem significativa a empresa, enfraquecendo substancialmente a concorrência. 

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Embora ainda seja cedo para o segmento emergente [que surge] de jogos em nuvem, esta nova parceria combinada com nossos outros compromissos recentes disponibilizará jogos mais populares em mais serviços de streaming de jogos em nuvem do que há atualmente. 

Brad Smith, presidente da Microsoft. 

A dona do Xbox também assinou acordos semelhantes com a Nintendo, Nvidia, Valve Corp e Boosteroid. O intuito é garantir o acesso, principalmente, à franquia Call of Duty, uma das mais importantes e valorizadas (e que é de propriedade da Activision). 

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A mesma proposta foi feita à Sony, dona do Playstation e a mais crítica sobre a fusão das empresas. A companhia ainda não chegou a um acordo com a rival. 

O acordo entre Microsoft e Activision é o maior envolvendo empresas de tecnologia que a CMA já bloqueou. O órgão responsável pela concorrência justa na Europa decidirá sobre o negócio até 22 de maio. A Microsoft disse que irá recorrer da decisão. 

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Insatisfeita, Microsoft rebate bloqueio 

Após a notícia de bloqueio da negociação, Smith deu uma entrevista à BBC na qual demonstrou grande decepção com a negativa. O presidente da Microsoft declarou que a atuação do órgão regulador “abalou a confiança na indústria de tecnologia do Reino Unido”.  

Em resposta ao descontentamento do CEO, a executiva-chefe da CMA, Sarah Cardell, reforçou a decisão e esclareceu que o papel do regulador é garantir um ambiente competitivo para empresas crescerem e prosperarem.  

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Ela ainda acrescentou que as considerações que resultaram na decisão também são as mesmas da Comissão Federal de Comércio dos EUA, sugerindo que o país americano também deve bloquear a fusão. 

Com informações da Reuters 

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