O Conselho de Supervisão de Turismo da Flórida Central, nomeado pelo governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou nesta segunda-feira (1) que também entrará com uma ação contra a Walt Disney. A decisão vem após a gigante das animações abrir um processo em um tribunal distrital federal contra DeSantis e membros do grupo. 

O que está acontecendo? 

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  • O conflito começou em 2022, quando a Disney criticou a lei “Don’t Say Gay” (“Não Diga Gay”, em tradução livre) do governador, que proíbe professores de escolas públicas de falar sobre orientação sexual; 
  • Como represália ao comentário, segundo a Disney, o governo da Flórida aprovou uma legislação que acabou com a autonomia da companhia no centro da Flórida (onde fica o parque do grupo); 
  • DeSantis assinou um projeto de lei para substituir todo conselho que supervisionava o Reedy Creek Improvement District — entidade que concedia habilidades de autogoverno à Disney. O chamado Distrito de Supervisão do Turismo da Flórida Central contém membros escolhidos pelo governador a dedo; 
  • Com as mudanças, a Disney entrou com o processo acusando DeSantis e seus apoiadores de usar ilegalmente o governo do estado para punir a empresa por expressar uma opinião que deveria ser protegida pelos direitos de liberdade de expressão. 

Leia mais! 

Conforme relatado pela Reuters, Martin explicou que o conselho de supervisão não teve nenhum papel na aprovação da legislação da qual a Disney “tem reclamado”, estando apenas seguindo as leis promulgadas pela legislatura da Flórida. Contudo, diante da decisão da empresa de levar o caso para o tribunal, o Conselho “buscará justiça”. 

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Desde que a Disney nos processou, não temos escolha agora a não ser responder. 

Martin Garcia, presidente do Conselho do Distrito de Supervisão do Turismo da Flórida Central.

“DeSantis é anti-Flórida e anti-negócios” 

Durante a reunião anual de acionistas da empresa, realizada no começo de abril, o CEO da Disney, Bob Iger, chamou as ações de DeSantis de “anti-Flórida” e “anti-negócios”, observando parecer que DeSantis queria “punir uma empresa pelo exercício de um direito constitucional”. 

O processo da Disney pede ao tribunal que declare as medidas de DeSantis “ilegais e inexequíveis”, alegando que foram “promulgadas em retaliação pelo discurso da Disney em violação da Primeira Emenda”, entre outras razões. 

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Desde 1967, líderes republicanos do estado deram à Disney o direito de autogovernar a propriedade como incentivo para construir seu parque temático.  

No geral, a empresa e os governadores da Flórida sempre se deram bem, ainda mais diante da importância econômica da companhia para o estado. A Disney World é o maior empregador de um único local do país, tornando o conflito inédito e um espetáculo nacional. 

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Entenda mais detalhes do conflito aqui!

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