Uma equipe de pesquisadores internacionais investigou uma série de múmias de crianças do Antigo Egito e perceberam que uma doença era comum entre elas: a anemia. Essa é uma condição onde o corpo não possui glóbulos vermelhos saudáveis suficientes para transportar oxigênio pelo corpo.

Para investigar as múmias de forma não invasiva no artigo recentemente publicado na revista International Journal of Osteoarchaeology , os pesquisadores realizaram tomografias computadorizadas, um terço das crianças apresentavam sinais de anemia, e uma delas de talassemia.

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Nosso estudo parece ser o primeiro a ilustrar achados radiológicos não apenas da abóbada craniana, mas também dos ossos faciais e do esqueleto pós-craniano que indicam talassemia em uma antiga múmia infantil egípcia

Trecho do artigo

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Os pesquisadores acreditam que a anemia era uma doença comum no Antigo Egito, causada por desnutrição, infecções parasitárias e distúrbios genéticos. Alguns estudos até mesmo apontam que o rei Tutancâmon morreu de anemia falciforme. 

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A doença é mais fácil de ser detectada em múmias de crianças do que em adultos por causa da morte precoce, mas os pesquisadores não conseguem indicar se a anemia possui ou não um papel na morte dos indivíduos investigados.

Devido não ser permitido retirar os invólucros do processo de mumificação, é necessário procurar por técnicas não invasivas, a tomografia computadorizada é ideal para o estudo por permitir analisar os ossos da múmias e fornecer imagens da medula óssea, que produz os glóbulos vermelhos.

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Além disso, a doença também pode causar o alargamento da abóbada craniana e causa afinamento, aumento da porosidade dos ossos e até mesmo  mudanças de forma.

De forma geral, das 21 múmias de crianças investigadas, 7 possuíam indícios de anemia, e uma de talassemia, uma doença genética onde o corpo não produz hemoglobinas suficientes. Os indivíduos mumificados possuíam de 1 a 14 anos e datavam em maioria de 332 a,C e 395 d.C, mas alguns possuíam mais de 4 mil anos.

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