O enorme cemitério de navios de guerra

O cemitério naval é fruto de um ataque estadunidense a uma base militar japonesa durante a 2ª Guerra Mundial
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 03/05/2023 09h00
O cemitério naval está repleto de embarcações naufragadas (Credito: apsimo1/Getty Images/iStockphoto... - Veja mais em https://www.uol.com.br/nossa/colunas/terra-a-vista/2023/04/16/de-pearl-harbor-japones-a-continente-perdido-micronesia-tem-ruinas-unicas.htm?cmpid=copiaecola)
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Uma enorme frota de embarcações afundadas durante a 2ª Guerra Mundial está abrigada em um verdadeiro cemitério naval nos mares da Micronésia, um pequeno país da Oceania.

Muita gente pensa que esses navios são herança do ataque a Pearl Harbor, quando os japoneses atacaram a base naval estadunidense, mas na verdade este cemitério está a 10 horas de voo do Havaí, e o que aconteceu foi o contrário: os estadunidenses atacaram os japoneses.

O ataque surpresa aconteceu no Atol de Chuuk em 1944, na Operação Hailstone. Ele afundou cerca de 250 aeronaves e 50 embarcações como porta-aviões, contratorpedeiros, petroleiros, cargueiros, embarcações de desembarque e submarinos, matando mais de 4,5 mil japoneses.

Como consequência, o Japão deixou o Atol de Chuuk e perdeu boa parte da sua influência no Pacifico, na época, a região era considerada a porta de entrada para o oceano, como o Estreito de Gibraltar é para o Mediterranio.

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Atol de Chuuk

O Atol de Chuuk é um arquipélago formado por 16 ilhas vulcânicas, circundadas por barreiras de atóis e ilhotas, formando uma lagoa de 65 quilômetros de diâmetro. Em 1528, a região foi dominada pelos espanhóis, o que durou até 1899, quando eles venderam partes da Micronésia para o Império Alemão.

O arquipélago não ficou muito tempo sob domínio germanico. Em 1914, durante a 1ª Guerra Mundial, o Japão que dessa vez estava do lado dos britânicos, franceses e russos, tomou a Micronésia dos alemães e construiu ali sua base naval.

Trinta anos depois, o ataque estadunidense à base foi tão destruidor, que mais da metade das embarcações estacionadas na base foram naufragadas. No entanto, o cemitério naval só veio a ficar mundialmente conhecido em 1970, quando uma série documental sobre os mistérios do fundo do mar mostrou o Atol de Chuuk em um de seus episódios.

O local desperta o interesse de muitos mergulhadores, que buscam principalmente conhecer mais sobre essa batalha da 2ª Guerra Mundial e boa parte dos naufrágios continuam pelo cemitério. Alguns estão em águas cristalinas, a 15 metros de profundidade, facilitando sua observação.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.