A Zeam – primeira balsa elétrica com IA (inteligência artificial) de navegação do mundo – vai começar a operar comercialmente em junho de 2023 em Estocolmo, capital da Suécia. Embarcação autônoma vai interligar algumas das ilhas que compõem a capital.

A princípio, a balsa – operada pela companhia marítima norueguesa Torghatten AS e com capacidade para 25 passageiros (e seis bicicletas) – ligará Kungsholmen a Søder Mellarstrand. Por dia, ela vai rodar durante 15 horas. Sem parar. Ou melhor, parando apenas para embarque e desembarque.

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Além disso, Paris, sede das Olimpíadas de 2024, já anunciou interesse em utilizar balsas elétricas no estilo da Zeam durante o evento.

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Zeam, a balsa elétrica autônoma

Projeto da balsa elétrica Zeam
Ideia da embarcação autônoma veio da NTNU (Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia), na cidade de Trondheim (Imagem: Divulgação/Torghatten AS)

Nome da balsa é, na verdade, sigla para “Zero Emission Autonomous Mobility” (“Mobilidade Autônoma de Emissão Zero”, em tradução livre). Como o nome sugere, projeto mira na mobilidade urbana mais sustentável. E visa, também, despertar interesse mundial por soluções “verdes”.

A balsa levou anos para sair do papel. Para você ter uma ideia, protótipo da Zeam passa por testes no canal local desde setembro de 2022. Ideia veio da NTNU (Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia), na cidade de Trondheim.

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Para desenvolver o sistema autônomo de navegação da balsa, a NTNU usou a Zeabuz, empresa norueguesa de tecnologia da qual a Torghatten AS é co-proprietária. Empresa explicou, num comunicado, que primeiras viagens terão um operador humano a bordo, para garantir que tudo corra bem na travessia.

Balsa com IA

Balsa elétrica Zeam em canal na Suécia
Balsa elétrica – ainda em construção, no estaleiro norueguês Brødrene – terá 12 metros de comprimento e cinco de largura (Imagem: Divulgação/Torghatten AS)

A tecnologia de navegação, disponibilizada em escala comercial pela Zeabuz, se baseia em IA. Veículo também utiliza radar e a técnica de sensoriamento LiDAR (Detecção e Varredura a Laser) – a mesma de sensores dos modelos recentes do iPhone – para detectar e evitar objetos na água.

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Outros equipamentos – por exemplo, infravermelho, câmeras, sensores ultrassônicos e GPS – também serão usados nas manobras, atracação e posicionamento.

A balsa elétrica ainda está em construção, no estaleiro norueguês Brødrene, especializado em navios de alta velocidade feitos em fibra de carbono. Embarcação terá 12 metros de comprimento e cinco de largura.

Propulsão ocorre por meio de um motor elétrico, composto por um banco de baterias de 188 kWh, fornecido pela empresa ZEM, e alimentado por painéis solares de 7,7 kW na parte superior.

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