O Hurb, antigo Hotel Urbano, tem mais 72 horas de prazo para comprovar suas condições financeiras. Isto é, provar que consegue cumprir pacotes de viagens à venda. Informações são da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).

Agora, período para empresa entregar informações se encerra na próxima segunda-feira (08) – antigo prazo se encerrou na quinta-feira (04). E a Senacon acrescentou, em nota, que nova é “improrrogável”.

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Confira abaixo a nota na íntegra da Senacon:

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A Secretaria Nacional do Consumidor informa que a plataforma Hurb respondeu à medida cautelar pedindo aumento de prazo na prestação de informações. Entendendo razoável a solicitação, a Senacon concedeu um prazo de 72 horas, improrrogáveis, contando a partir de quinta-feira (04) e encerrando na segunda-feira (08), para que a empresa esclareça sobre a sua situação econômica e financeira e sobre a previsão de recursos para execução contratual de novos pacotes de viagens ofertados.

Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), em nota

Caso o Hurb descumpra medida, pode receber multa diária de R$ 50 mil. E empresa ainda corre risco de ter atividade suspensa.

Contexto

Página do aplicativo Hurb na Play Store aberta em celular Android
Ultimato da Senacon vem após pico de reclamações de consumidores no começo de 2023 (Imagem: Reprodução)

A medida cautelar aplicada pela Senacon contra a empresa veio após a secretaria receber diversas denúncias de consumidores. Eles diziam terem enfrentado problemas com a empresa. Entre eles, estavam: não realização de serviços contratados e falta de reembolso em casos de cancelamento de viagens.

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Só nos três primeiros meses de 2023, secretaria registrou sete mil reclamações da empresa. apenas nos três primeiros meses de 2023. Para você ter uma ideia, é mais da metade do registrado durante todo o ano de 2022 (12 mil reclamações) em um quarto do período. Além disso, o índice de solução das demandas no site caiu de 64% em 2022 para 45% em 2023.

À época da aplicação da medida, o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, disse que Senacon estava “concedendo uma chance” para o Hurb antes de adotar uma “medida mais drástica”.

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Basta que ela demonstre as condições financeiras de arcar com essas novas obrigações. Caso contrário, seremos obrigados a adotar a medida extrema de proibir a comercialização de novos pacotes, para salvaguardar os direitos das consumidoras e dos consumidores.

Wadih Damous, secretário nacional do consumidor

Empresa alegou que, “por questões legais, não comenta processos e/ou ações em andamento”. “Entretanto, afirma que está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos. O Hurb sempre prezou pela escuta ativa e cuidado com os consumidores e, por isso, está à disposição caso surjam eventuais dúvidas”, acrescentou o Hurb, em nota.

Retrospecto

Milhares de clientes reclamaram, nas redes sociais, sobre problemas com o Hurb nas reservas, voos e hospedagens (Imagem: Postmodern Studio/Shutterstock)

No último mês, alguns hotéis e pousadas suspenderam reservas de hospedagem feitas pelo Hurb após atrasos ou falta de pagamentos da plataforma. Neste ínterim, muitos clientes usaram redes sociais para reclamar de problemas nas reservas, voos e hospedagens. Turistas também relataram preocupação com viagens marcadas e reclamaram do atendimento da empresa.

Em meio desta polêmica, João Ricardo Mendes, fundador do Hurb, renunciou ao cargo de presidente da empresa. Anúncio veio após divulgação de vídeos do empresário ameaçando e expondo dados de clientes.

Na época, o Hurb informou que trata cada caso individualmente com hotéis e pousadas. E alegou que, por questões legais, não podia dar detalhes específicos sobre.

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