Malware que rouba dinheiro é identificado em 11 apps do Google Play; confira a lista

O malware do tipo trojan Fleckpe é capaz de inscrever os usuários dos aplicativos em assinaturas pagas não autorizadas
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 05/05/2023 17h39, atualizada em 24/05/2023 23h45
Google Play malware
(Imagem: Koshiro K/ Shutterstock)
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Um novo malware do tipo trojan foi identificado em 11 aplicativos da Google Play Store, loja oficial de aplicativos para Android. Se passando por aplicativos legítimos, a ameaça foi baixada mais de 620 mil vezes por usuários.

Conforme revelou a Kaspersky, com o malware Fleckpe, o aplicativo é capaz de inscrever usuários em serviços premium sem que eles saibam. Dessa forma, os malfeitores recebem uma parte das taxas geradas pelas assinaturas pagas, quando os serviços pertencem aos próprios cibercriminosos, eles recebem todo o dinheiro pela assinatura.

Leia mais:

Os dados da empresa especializada em segurança digital indicam que esse malware está ativo desde 2022, mas só foi descoberto recentemente.

A maioria das vítimas é da Malásia, Indonésia, Tailândia, Singapura e Polônia, mas usuários de todo o mundo foram afetados em menor escala.

app com malware
Um dos aplicativos identificados com o malware Fleckpe. (Imagem: Reprodução/ Kaspersky)

Confira a lista de aplicativos infectados pelo malware

  • Beauty Camera Plus (com.beauty.camera.plus.photoeditor)
  • Beauty Photo Camera (com.apps.camera.photos)
  • Beauty Slimming Photo Editor (com.beauty.slimming.pro)
  • Fingertip Graffiti (com.draw.graffiti)
  • GIF Camera Editor (com.gif.camera.editor)
  • HD 4K Wallpaper (com.hd.h4ks.wallpaper)
  • Impressionism Pro Camera (com.impressionism.prozs.app)
  • Microclip Video Editor (com.microclip.vodeoeditor)
  • Night Mode Camera Pro (com.urox.opixe.nightcamreapro)
  • Photo Camera Editor (com.toolbox.photoeditor)
  • Photo Effect Editor (com.picture.pictureframe)

A Kaspersky disse em seu relatório que todos os aplicativos foram removidos da loja da Google Play, mas “agentes maliciosos podem ter implantado outros aplicativos ainda não descobertos, portanto, o número real de instalações pode ser maior”.

Ainda que as aplicações tenham sido removidas, elas ainda podem continuar no dispositivo de usuários. Caso tenha algum desses aplicativos baixados em seu celular, a recomendação é desinstalar quanto antes.

Como age o malware

Conforme explica o pesquisador da Kaspersky Dmitry Kalinin, quando aplicativo é iniciado, ele carrega uma “biblioteca nativa” que contém um dropper (um tipo de trojan) responsável por executar uma carga útil do aplicativo.

Com essa carga útil, o aplicativo faz contato e transmite as informações do dispositivo para o servidor de comando do agente da ameaça. 

Usando esse servidor de comando, o hacker consegue abrir uma janela invisível ao usuário e inscrever a vítimas nos serviços de assinatura paga.

Tudo isso acontece enquanto o aplicativo apresenta as funcionalidades prometidas em sua descrição da Google Play Store, ou seja, em momento nenhum a vítima vê as operações realizadas por trás dessa ameaça.

Adeus, senhas! Google lança chaves de acesso para fazer login

O Google anunciou um novo recurso que promete substituir as senhas. As chaves de acesso podem substituir as senhas e códigos de verificação de duas etapas para fazer login. Dessa forma, seu celular será sua nova barreira de segurança.

Confira a reportagem completa aqui.

Com informações de Bleeping Computer e Hacker News.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.