Elon Musk, CEO do Twitter e da Tesla, deu uma entrevista para David Faber, âncora da emissora CNBC, dos EUA, e comentou sobre questões como a rede social que ele adquiriu em 2022, a montadora de veículos elétricos, o ChatGPT e muito mais.
Confira abaixo alguns dos principais pontos comentados pelo bilionário durante a entrevista:
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Elon Musk e o Twitter
Em relação ao Twitter, que passou a ser controlado por ele em novembro de 2022 após uma aquisição que custou US$ 44 bilhões ao executivo, Musk voltou a comentar a situação financeira delicada que a empresa vem enfrentando.
A analogia que eu usava era de ser teleportado para um avião que está com o bico apontado para o chão, com os motores em chamas e os controles sem funcionar.
Elon Musk
Ele dizia especificamente de questões como um déficit de US$ 3 bilhões anuais que a empresa tinha, enquanto contava com apenas US$ 1 bilhão nos cofres.
Musk ainda afirmou que as Notas da Comunidade, um recurso que permite a usuários da rede social apontarem informações equivocadas em tuítes, cortou em US$ 40 milhões a receita da empresa após usuários apontarem dados falsos nas mensagens promovidas por dois dos principais anunciantes do Twitter.
Em relação à sua participação como usuário da rede social, Musk defedeu seus tuítes — mesmo quando eles ajudam a espalhar teorias da conspiração, como no caso de mensagens publicadas pelo bilionário referentes a George Soros e também a um recente massacre ocorrido na cidade de Allen, no estado do Texas.
Eu vou falar o que eu quiser, e se a consequência disso for perder dinheiro, que seja.
Elon Musk
Musk ainda comentou a polêmica de exigir o retorno dos funcionários aos escritórios do Twitter, encerrando assim o período em que eles poderiam trabalhar de casa. O bilionário se mostrou mais uma vez contra o trabalho remoto, afirmando que quem trabalha em áreas como fábricas ou serviços continuam precisando trabalhar presencialmente, enquanto a “classe de notebook” defende a adoção do home office.
Tesla e o cenário econômico incerto
Já sobre a Tesla, Musk comentou principalmente sobre o cenário econômico incerto para os próximos meses. De acordo com o bilionário, os próximos 12 meses serão difíceis para a Tesla devido a questões macroeconômicas, mas ele acredita que a empresa pode se proteger da turbulência ao se aproveitar dos sistemas de “informação em tempo real sob demanda” que podem ajustar o preço dos veículos.
Elon Musk também criticou o Fed, o banco central dos EUA, afirmando que a alta recente na taxa de juros prejudica o orçamento de consumidores e, consequentemente, o desempenho financeiro de empresas como a própria Tesla.
OpenAI, inteligência artificial e o Google
Por fim, Musk falou sobre a OpenAI, o ChatGPT e modelos de inteligência artificial em geral. Elon Musk foi um dos financiadores da OpenAI no passado, e, segundo o bilionário, o objetivo era garantir a existência de IAs não-comerciais alternativas a um possível domínio do Google na área.
Ele se diz decepcionado com os rumos da OpenAI — que decidiu criar IAs comerciais e abandonar as raízes não-lucrativas.
Musk ainda afirmou que a relação com Larry Page, co-fundador do Google, simplesmente não existe mais. “O ponto final foi Larry me chamando de ‘especista’ por ser a favor da consciência humana em vez da consciência de máquinas,” afirmou o executivo.
Via CNBC
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