O vulcão de Yellowstone, localizado no parque homônimo, nos Estados Unidos, passou por algumas supererupções ao longo de milhares de anos, tendo a última acontecido há 631 mil anos. Agora, uma nova pesquisa pode ter revelado mais sobre ela.

Até então, pensava-se que essa supererupção havia sido uma única explosão, mas conforme o Relatório Anual de 2022 do Observatório do Vulcão de Yellowstone, realizado pela US Geological Survey (USGS), ela foi muito mais complicada.

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Complexo de Yellowstone

Yellowstone é um dos maiores complexos vulcânicos do mundo, isso porque, ele fica acima de um ponto quente da Terra, locais no interior de placas tectônicas ligados ao magma, formando vulcões na crosta acima, o que acarretou três erupções formadoras de caldeiras nos últimos 3 milhões de anos, são elas:

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  • A erupção Huckleberry Ridge Tuff que aconteceu há 2,1 milhão de anos;
  • A Mesa Falls, há 1,3 milhões de anos;
  • E a Lava Creek, há 631 mil anos e que acabou formando a Caldeira de Yellowstone.

Os eventos Huckleberry Ridge Tuff e Lava Creek são considerados supererupções, por despejarem mais de 1000 metros cúbicos de material, o mesmo volume gasto para encher 400 milhões de piscinas olímpicas.

Evento em fases

Em 2020, pesquisadores descobriram que a Huckleberry Ridge Tuff, foi um evento que aconteceu em fases, tendo ocorrido pelo menos três erupções, com diferença de semanas a meses, entre a primeira e a segunda, e anos a décadas, entre a segunda e a terceira. O novo relatório, aponta que algo parecido provavelmente aconteceu na Lava Creek.

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Algumas pesquisas já apontavam que a última supererupção de Yellowstone havia sido precedida por pelo menos uma erupção. Os estudos foram baseados em rochas vulcânicas encontradas próximas, que datam do mesmo período, mas que teriam esfriado antes da principal explosão mapeada do Lava Creek.

Sempre se soube que havia pelo menos duas unidades geológicas [um volume de rocha distinto das que o cercam] desde a erupção, e pensava-se que havia pouco ou nenhum intervalo de tempo entre elas. Agora, achamos que há mais unidades. E não temos certeza de qual pode ter sido o intervalo de tempo, se houver.

Michael Poland, cientista encarregado do Observatório do Vulcão de Yellowstone, em resposta a LiveScience 

Até agora a equipe já encontrou quatro rochas que podem indicar pelo menos quatro erupções diferentes, e duas aberturas, por onde o material pode ter sido expelido. Isso significa que várias aberturas estavam ativas, ao mesmo tempo que as explosões poderiam ter acontecido com separações de tempo.

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Os pesquisadores planejam continuar coletando dados e realizando exames nas descobertas recentes, permitindo uma melhor compreensão de como se desencadeou a erupção Lava Creek em Yellowstone.

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