China proíbe a compra de chips da Micron, dos EUA

O Administração do Ciberespaço da China disse que os produtos da empresa representam riscos de segurança cibernética
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 22/05/2023 13h44
Micron
(Imagem: Michael Vi / Shutterstock.com)
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A China proibiu a compra de alguns produtos da Micron após iniciar uma investigação sobre os riscos de segurança cibernética da empresa norte-americana.

Relação entre Micron e China.

  • A Micron, com sede em Idaho, nos EUA, teve sua primeira fábrica construída na China em 2007. Nos últimos anos, a empresa passou a reduzir suas operações no país, demitindo funcionários e fechando fábricas;
  • A empresa é especializada na produção de memória de computador e armazenamento de dados, além da fabricação de peças — como a DRAM (uma memória de acesso aleatório), memória flash e SSD;
  • Em 2022, a China representou 10,7% da receita anual da empresa.

Conforme relatou a Administração do Ciberespaço da China, uma investigação indicou que os produtos da empresa representavam “problemas de segurança cibernética relativamente sérios”. O órgão considera que essas falhas podem colocar em risco a cadeia de suprimentos da infraestrutura de informação da China.

Leia mais:

O objetivo desta revisão de segurança de rede dos produtos da Micron é evitar que problemas de segurança de rede de produtos coloquem em risco a segurança da infraestrutura de informações-chave do país, que é uma medida necessária para manter a segurança nacional

Administração do Ciberespaço da China em comunicado.

Apesar de o órgão chinês não especificar os riscos encontrados, o comunicado cita a Lei de Cibersegurança da China, que está em vigor no país desde 2016 e reforçou a regulamentação do governo sobre setores de telecomunicações e transporte.

O Departamento de Comércio dos EUA se opôs a restrição do governo chines, afirmando que a decisão “não tem base em fatos”.

Esta ação, juntamente com ataques recentes e ataques a outras empresas americanas, é inconsistente com as afirmações (da China) de que está abrindo seus mercados e comprometida com uma estrutura regulatória transparente.

Porta-voz do Departamento de Comércio dos EUA.

Em entrevista à BBC, um porta-voz da Micron disse que a empresa recebeu o aviso do CAC e está avaliando os próximos passos: “esperamos continuar conversando com as autoridades chinesas”.

Com informações de TechCrunch, Reuters e BBC.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.