Nova rodada de demissões da Meta atinge funcionários no Brasil

Novamente, as demissões da Meta não atingiram os setores de tecnologia; dessa vez, funcionários do Brasil foram impactados
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 25/05/2023 18h22
Celular com logomarca da Meta na tela
(Imagem: Primakov/Shutterstock)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O “ano da eficiência” de Mark Zuckerberg não dá descanso aos funcionários. A Meta, empresa controladora de redes sociais como Instagram e Facebook, iniciou a última rodada de demissões nesta quarta-feira (24). Os cortes fazem parte de um plano de redução de pessoal anunciado em março e, dessa vez, também atingiu funcionários no Brasil.

Leia mais:

Nova rodada de demissões

  • A Meta já demitiu mais de 10 mil funcionários e fechou 5 mil vagas este ano.
  • O plano da empresa era realizar os cortes em três ondas, que terminariam no final de maio, mas é possível que mais demissões aconteçam após este mês.
  • Essa nova onda não afetou as equipes ligadas à tecnologia da Meta, confirmando a predileção da empresa por esse setor.
  • Os mais afetados foram os setores de design de conteúdo, pesquisa de experiência do usuário e equipes de segurança e privacidade.
  • Isso, inclusive, pode prejudicar a moderação de conteúdo das plataformas da Meta, e o Olhar Digital falou sobre isso aqui.

Brasil

A nova rodada de demissões também atingiu o Brasil.

Por aqui e na América Latina como um todo, as equipes mais afetadas foram as de comunicação e marketing.

A Meta não é a única: big techs como Alphabet, Amazon e Microsoft também anunciaram cortes (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Contexto

Os cortes da Meta fazem parte de um contexto maior: outras big techs, como Amazon, Google e Microsoft, estão demitindo funcionários em um cenário de redução de equipes frente às novas demandas pós-pandemia.

Ainda, a Meta enfrenta a concorrência do TikTok e da Apple, no que diz respeito à publicidade e regras de privacidade.

Segundo a analista da consultoria Insider Intelligence, Debra Williamson, a empresa “não pode se dar ao luxo de ficar parada nesse ambiente”.

A Meta está investindo cada vez mais em IA e, para isso, deixou de lado alguns de seus produtos, como o Metaverso (Foto: Reprodução)

Prejuízos da Meta

As demissões da Meta vêm seguidas de uma queda no crescimento da receita da empresa. Tem a ver, ainda, com a alta inflação e a retração dos anúncios digitais depois de uma alta na pandemia.

A companhia também está investindo bilhões de dólares em sua unidade Reality Labs, orientada para o metaverso, que perdeu US$ 13,7 bilhões (cerca de R$ 68,5 bilhões) em 2022. Também há um aporte grande em um projeto para preparar sua infraestrutura para dar suporte ao trabalho de IA (inteligência artificial).

Com informações de Valor

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.